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- STF inicia julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe em 2 de setembro.
- Processo envolve oito réus ligados ao núcleo central da trama.
- PGR acusa grupo de planejar ruptura democrática desde 2021.
- Julgamento será transmitido ao vivo pela TV Justiça e YouTube.
O julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe foi agendado para o dia 2 de setembro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação penal 2668, que envolve o ex-presidente e mais sete aliados, será analisada em oito sessões, conforme cronograma divulgado pelo ministro Cristiano Zanin.
As sessões ocorrerão nos dias 2 (manhã e tarde), 3, 9, 10 e 12 de setembro, com seis encontros extraordinários. O caso é considerado o mais avançado entre os processos relacionados à tentativa de ruptura democrática investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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STF julga núcleo crucial da trama golpista
O processo foca no chamado “núcleo 1” da trama, apontado como o grupo central da suposta tentativa de golpe. Segundo a denúncia da PGR, Bolsonaro liderou a articulação para manter-se no poder após ser derrotado nas eleições de 2022.
A acusação sustenta que o plano começou em 2021, com ataques sistemáticos ao sistema eleitoral. O objetivo seria criar desconfiança pública e justificar uma intervenção institucional. A tentativa teria culminado nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas.
Como será o julgamento no STF?
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. Também compõem a Primeira Turma os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. As sessões serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pelo canal oficial do STF no YouTube.
Os oito réus respondem por cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Defesas tentam desvincular réus da acusação
As defesas apresentaram suas alegações finais até 13 de junho. A defesa de Bolsonaro classificou a denúncia como “absurda” e “golpe imaginado”. Já os demais réus optaram por não negar a existência da trama, mas tentaram afastar seus clientes da liderança do plano.
Entre as provas citadas pela PGR estão minutas de decretos golpistas, além de planos como “Luneta”, “Copa 2022” e “Punhal Verde Amarelo”, que teriam incluído ideias de sequestro e assassinato de autoridades.
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