O vereador Rodrigo Guedes (PP) solicitou nesta terça-feira (8) a abertura de investigação pela Polícia Federal (PF) contra os parlamentares Aldenor Lima (UB) e Joana Darc (UB). A medida foi anunciada durante coletiva de imprensa na sede da PF, em Manaus.
Guedes também declarou que protocolará pedido de cassação de Aldenor Lima por quebra de decoro parlamentar. O parlamentar negou envolvimento com fake news e exigiu celeridade nas apurações.
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Rodrigo Guedes nega acusações e aciona PF
Durante a coletiva, Guedes afirmou: “Eu nunca vim aqui na Polícia Federal ser inquirido sobre absolutamente nada e agora ele vai ter que provar”. Segundo ele, não há qualquer processo ou notificação contra seu nome, especialmente sobre o suposto ataque a uma criança com deficiência.
O vereador destacou sua atuação em defesa da inclusão. “Fui por quatro anos presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal de Manaus”, disse Guedes, reforçando que jamais atacaria uma criança PCD.
Acusações envolvem uso do cotão e fake news
As declarações de Guedes respondem às acusações feitas por Aldenor Lima após sessão na Câmara Municipal de Manaus. Aldenor o acusou de usar o “cotão” para financiar desinformação e propôs investigar o gabinete de Guedes na CPI dos Empréstimos.
“Eu desafio o vereador Rodrigo Guedes a incluir no objeto da CPI o gabinete dele, os gastos com cotão, e eu assino isso de imediato”, afirmou Aldenor. Ele também mencionou Luiz Brasil, ex-assessor de Guedes, relacionando-o a supostas irregularidades.
Joana Darc também pede cassação de Guedes
A deputada estadual Joana Darc (UB) também se manifestou. Ela acusou Guedes de financiar fake news contra seu filho, uma criança com deficiência. “Queremos CPI para investigar as fake news patrocinadas pelo cotão do vereador Rodrigo Guedes”, disse.
Joana afirmou que pedirá a cassação do vereador e reforçou: “Tenho que ser respeitada como mãe. Quem promove fake news não aparece com CPF nem CNPJ”.
CPI dos Empréstimos intensifica disputa política
O embate ocorre em meio à tramitação do pedido de criação da CPI dos Empréstimos, que visa investigar contratos firmados pela Prefeitura de Manaus entre 2021 e 2024. A proposta já conta com 11 assinaturas, das 14 necessárias.
A CPI tem potencial para impactar politicamente o Executivo municipal e tensionar ainda mais as relações entre os vereadores. A inclusão de gabinetes na investigação pode ampliar o alcance das apurações.
O caso evidencia o acirramento político na Câmara Municipal e levanta debates sobre o uso de recursos públicos, como o cotão, na comunicação institucional e nas redes sociais.