A Fametro vai mapear os danos no prédio da Santa Casa de Misericórdia. A instituição iniciou os trabalhos sem a licença especial e agora vai dar entrada na primeira parte do projeto de restauro e reforma junto à Prefeitura de Manaus e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Amazonas (Iphan-AM) até o dia 02 de dezembro.
Segundo os engenheiros responsáveis, faltava dar entrada em uma autorização especial junto à Gerência de Patrimônio Histórico (GPH) para seguir com a instalação dos andaimes para o mapeamento acontecer de forma oficial.
Devido à falta de licenciamento e de projeto de restauro, a obra foi notificada e embargada.
A princípio, a Fametro dará entrada no projeto para a cobertura do prédio principal. O projeto mais amplo será apresentado apenas em 2022.
A instituição iniciou a pesquisa histórica de toda a estrutura do prédio, incluindo a capela, mas ainda não havia projeto aprovado junto à Prefeitura ou Iphan-AM.
Tombamento
A Santa Casa está inserida na área de proteção do Centro Histórico de Manaus. O prédio foi tombado em 2012 pelo Iphan e também pela Lei Orgânica de Manaus (Loman).
O prédio da Santa Casa de Misericórdia segue um estilo arquitetônico do século 19, neolítico e do romantismo português. A capela tem referência neogótica.
O imóvel estava abandonado desde 2004. No ano passado, foi arrematado em leilão pela Fametro.
“Intervenções em unidades históricas podem ser feitas somente após análise e aprovação junto aos órgãos licenciadores. Isso evita a perda de partes importantes ou características dos imóveis, além de potencializar um restauro mais sustentável”, disse a superintendente do Iphan-AM, Karla Bittar.
Restauração
Segundo a Fametro, o local vai funcionar como Hospital Universitário da instituição.
Em 1938, a Santa Casa foi reconhecida como entidade filantrópica. Em 1962, foi declarada de utilidade pública.
O patrimônio é composto de um salão nobre, jardins, com estruturas de paredes com pé direito alto, centro cirúrgico, capela, apartamentos e enfermarias.
