Ver resumo
- Trump elogiou Lula após reunião sobre tarifas em Kuala Lampur.
- Brasil busca suspensão de tarifas de 50% aplicadas pelos EUA.
- Presidentes discutiram Bolsonaro, Venezuela e relação com China.
- Palavra-chave “negociações comerciais” aparece no contexto central.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o presidente Lula nesta segunda-feira (27), após reunião em Kuala Lampur, na Malásia. O encontro marcou o início de uma nova fase nas negociações comerciais entre Brasil e EUA, com foco na possível suspensão das tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros.
Trump classificou Lula como “muito vigoroso e impressionante” e desejou feliz aniversário ao presidente brasileiro, que completou 80 anos. “Tivemos uma reunião muito boa. Vamos ver o que acontece”, afirmou Trump a repórteres.
Negociações comerciais e tarifas de 50%
Durante o encontro, Lula destacou que o Brasil tem déficit comercial com os EUA e que as tarifas impostas por Trump em julho não se justificam. O presidente brasileiro pediu a suspensão das tarifas durante o período de negociação.
Segundo o chanceler Mauro Vieira, as equipes dos dois países darão início a um cronograma de negociações bilaterais. “Esperamos concluir em poucas semanas uma negociação que trate de cada setor afetado”, afirmou.
Conversas sobre Bolsonaro e Venezuela
Além das tarifas, Lula e Trump discutiram o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula afirmou que apresentou provas contundentes a Trump e disse que o ex-presidente faz parte do passado da política brasileira.
Sobre a Venezuela, Lula expressou preocupação com a escalada de tensões e se ofereceu para mediar um possível diálogo entre EUA e o governo de Nicolás Maduro. “Queremos manter a América do Sul como zona de paz”, declarou.
Relação com China e equilíbrio geopolítico
Lula também comentou sobre a importância de manter boas relações com todos os países, incluindo a China. Ele ressaltou que o Brasil não aceita uma nova Guerra Fria e defendeu a diversificação das parcerias comerciais.
“Não podemos depender de um único país. Queremos equilíbrio e respeito nas relações internacionais”, afirmou Lula.
Visitas oficiais e próximos passos
Trump manifestou interesse em visitar o Brasil, e Lula aceitou ir aos Estados Unidos. As datas ainda não foram definidas. Segundo Mauro Vieira, o diálogo entre os dois líderes foi “surpreendentemente bom” e pode destravar avanços comerciais e diplomáticos.
O próximo passo será o encontro entre representantes dos dois países para definir os setores prioritários das negociações e discutir a suspensão temporária das tarifas.
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