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- Estados Unidos buscaram nova reunião com Haddad sobre tarifaço.
- Exportações brasileiras foram taxadas em até 50% por ordem de Trump.
- Governo prepara plano de apoio com crédito e proteção a setores afetados.
- Tarifaço dos EUA contra exportações brasileiras gera tensão diplomática.
O tarifaço dos EUA contra exportações brasileiras motivou novo contato entre o Tesouro americano e o Ministério da Fazenda. A assessoria do secretário Scott Bessent procurou o ministro Fernando Haddad para agendar uma segunda reunião sobre o tema. Ainda não há data definida.
O primeiro encontro ocorreu em maio, na Califórnia, antes do anúncio das tarifas. “Haverá agora uma rodada de negociações e vamos levar às autoridades americanas nosso ponto de vista”, afirmou Haddad nesta quinta-feira (31).
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Governo prepara medidas de apoio à indústria
Mesmo com 43% das exportações brasileiras ficando de fora da sobretaxa, o impacto sobre setores específicos é considerado grave. No setor mineral, por exemplo, 25% dos produtos foram atingidos.
Haddad adiantou que o governo lançará um plano emergencial para apoiar empresas afetadas. “Vamos lançar parte do nosso plano de apoio e proteção à indústria e aos empregos”, disse.
Como o Brasil pretende reagir ao tarifaço?
O pacote de ajuda deve incluir linhas de crédito e suporte direto a empresas prejudicadas. A prioridade será proteger setores menores e mais vulneráveis, mesmo que tenham peso reduzido na pauta de exportações.
“Tem setores pequenos, mas importantes para manter empregos”, explicou o ministro. Já os setores de commodities, mesmo com mercados alternativos, precisarão de tempo para adaptação.
“Você não muda um contrato de uma hora para outra. Temos que analisar caso a caso e vamos ter as linhas [de crédito] para isso”, disse Haddad.
Três pontos de tensão nas negociações
1. O impacto desigual entre setores exportadores.
2. A necessidade de resposta rápida para evitar demissões.
3. A tentativa de interferência política americana nas instituições brasileiras.
Haddad critica interferência no STF
O ministro também criticou a tentativa de envolver o Supremo Tribunal Federal nas negociações comerciais. Segundo ele, o Judiciário é independente e não pode ser moeda de troca.
“Talvez o Brasil seja uma das democracias mais amplas do mundo, ao contrário do que a Ordem Executiva [do Trump] faz crer”, afirmou.
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