Prefeitura de Manicoré gasta R$ 10 milhões com empresa investigada pelo MPAM

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Contratos de infraestrutura com a Plastiflex Empreendimentos despertam atenção devido a histórico de irregularidades.

A Prefeitura de Manicoré, sob a gestão de Lúcio Flávio do Rosário, formalizou contratos que totalizam R$ 10,1 milhões com a empresa Plastiflex Empreendimentos da Amazônia LTDA, já investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM). Os acordos, publicados no Diário Oficial da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) nesta segunda-feira (24), preveem obras de infraestrutura como recapeamento asfáltico, drenagem urbana, construção de calçadas e manutenção de abastecimento de água.


Detalhes dos contratos milionários

Os contratos têm vigência de um ano e incluem serviços como pavimentação, construção de calçadas, instalação de meios-fios e melhorias no sistema de drenagem. A Plastiflex também será responsável por fornecer materiais, transporte e mão de obra para a manutenção do abastecimento de água.

Fundada em 1996 e com sede em Manaus, a Plastiflex é gerida por Aydamo Celio Silva Bizerra Campos e Allan Sérgio Silva Bizerra Campos. Apesar de sua experiência no setor, a empresa acumula um histórico de irregularidades em contratos com órgãos públicos, o que levanta questionamentos sobre sua escolha para executar projetos de alta relevância em Manicoré.

Histórico de investigações

A Plastiflex já foi alvo de diversas apurações por parte do MPAM. Em 2021, a empresa foi investigada por suspeitas relacionadas à conclusão do Centro de Convivência da Família de Manicoré. O caso chamou a atenção porque a empresa havia sido contratada para o mesmo serviço em 2015, mas recebeu um novo contrato seis anos depois, sem justificativa clara.

O promotor de Justiça Vinícius Ribeiro destacou a ausência de explicações no Portal da Transparência e sinalizou a possibilidade de irregularidades. Se confirmadas, as apurações podem evoluir para inquéritos civis ou criminais.

A Plastiflex também foi citada em um processo do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) relacionado a um contrato firmado em 2009 para obras em Novo Aripuanã. O TCE-AM apontou que mais de 53% dos serviços contratados não foram executados, resultando em um prejuízo de R$ 4 milhões ao erário.

Impactos e questionamentos

Os contratos com a Plastiflex reacendem o debate sobre a gestão de recursos públicos em municípios do Amazonas. Apesar da urgência das obras em Manicoré, o histórico controverso da empresa pode comprometer a confiança na execução dos projetos.

Especialistas defendem que contratações de empresas investigadas sejam submetidas a análises mais rigorosas, a fim de evitar novos prejuízos aos cofres públicos. Por enquanto, a Prefeitura de Manicoré ainda não se manifestou sobre os questionamentos envolvendo a Plastiflex.

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