O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT), pré-candidato ao Senado pelo Amazonas, afirmou neste domingo (6) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será preso e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencerá as eleições de 2026 no primeiro turno.
A declaração foi feita nas redes sociais, em resposta às manifestações realizadas na Avenida Paulista, em São Paulo, que pediram anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
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Marcelo Ramos critica anistia e prevê prisão de Bolsonaro
Segundo Ramos, o projeto de lei que propõe a anistia “não será pautado” no Congresso Nacional. Ele classificou os manifestantes como defensores de criminosos e afirmou que “não haverá anistia”.
“Bolsonaro será preso”, escreveu o petista em sua conta no X (antigo Twitter). A declaração ecoa posições de outros membros do PT, que têm se posicionado contra a proposta em tramitação na Câmara dos Deputados.
Comparação entre Lula e Bolsonaro nas políticas públicas
Marcelo Ramos também comparou os legados dos governos Lula e Bolsonaro. Para ele, enquanto o atual presidente investe em áreas essenciais como emprego, saúde e educação, os adversários políticos seguem presos ao discurso da anistia.
“Esse contraste será percebido pela população. Lula chegará às eleições com chance real de vitória no primeiro turno”, afirmou.
Dados do Datafolha mostram que a aprovação do governo Lula se mantém estável, com 38% de avaliação positiva em março de 2024, o que sustenta a análise de Ramos sobre o possível desempenho eleitoral do presidente.
Críticas a Wilson Lima por participação no ato
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), também foi alvo de críticas. Ele esteve presente no ato em São Paulo, ao lado de Bolsonaro e outros aliados.
Marcelo Ramos questionou a presença do governador, destacando que ele tem liberdade para participar de eventos aos domingos, “desde que não use recursos públicos”.
Até o momento, o Governo do Amazonas não se manifestou sobre os custos da viagem do governador à capital paulista.
Contexto político e possíveis desdobramentos
O debate sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro segue polarizado no Congresso. A proposta enfrenta resistência de partidos do centro e da esquerda, enquanto a base bolsonarista pressiona pela aprovação.
Especialistas apontam que a tramitação do projeto pode se arrastar, sobretudo em ano pré-eleitoral. A participação de governadores em atos políticos também deve ser monitorada por órgãos de controle, como o TCE-AM.
As falas de Marcelo Ramos reforçam sua estratégia de se posicionar como oposição direta ao bolsonarismo no Amazonas, mirando a disputa ao Senado em 2026.