Ver resumo
- Os EUA bombardearam instalações nucleares no Irã no sábado (21), elevando a tensão no Oriente Médio após retaliação a Israel.
- O Irã ameaçou fechar o Estreito de Ormuz e declarou que americanos na região são alvos legítimos.
- O ataque afeta o preço do petróleo e pode impactar a economia do Brasil, especialmente no Amazonas.
O Irã acusou neste domingo (22) o presidente dos EUA, Donald Trump, de traição após bombardeios a instalações nucleares em Isfahan, Natanz e Fordow. A ação militar elevou a tensão no Oriente Médio e colocou os Estados Unidos diretamente no conflito entre Israel e o Irã.
Em resposta, Teerã declarou que “qualquer americano” na região é agora um alvo legítimo. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, afirmou que o país avalia medidas de retaliação, incluindo o fechamento do Estreito de Ormuz.
Leia Mais:
Irã promete resposta estratégica ao ataque
Araghchi viajará a Moscou para discutir a crise com o presidente Vladimir Putin. Segundo ele, a Rússia é uma aliada estratégica e as decisões serão coordenadas. O ministro afirmou que o Irã usará todos os meios para defender seu território.
Em coletiva, Araghchi disse que Trump “traiu” o Irã, com quem negociava acordos nucleares. Ele também acusou o presidente americano de enganar seus eleitores, ao contrariar promessas de campanha sobre evitar guerras no exterior.
Bombardeios com aviões B-2 e bunker busters
O ataque ocorreu na noite de sábado (21), horário de Brasília. Segundo Trump, os alvos foram atingidos com sucesso por aviões B-2 e bombas bunker buster, capazes de penetrar instalações subterrâneas. A informação foi divulgada em sua rede Truth Social.
A Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que não houve vazamento de radiação. Imagens de satélite mostraram movimentações em Fordow antes do ataque, indicando que o Irã já esperava uma ofensiva.
Reações internas e impacto geopolítico
Na TV estatal iraniana, comentaristas classificaram o ataque como “agressão flagrante”. O aiatolá Ali Khamenei foi levado a local seguro e já indicou possíveis sucessores, segundo fontes oficiais.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã alertou que o silêncio internacional diante da ofensiva pode gerar caos global. O país já lançou mísseis contra Israel em retaliação, deixando ao menos 11 feridos.
Reflexos para o Brasil e o Amazonas
O aumento da tensão afeta diretamente o preço do petróleo, com impacto no Brasil. O Amazonas, que depende da Zona Franca de Manaus e de combustíveis para transporte fluvial, pode sentir efeitos econômicos imediatos.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, o Brasil importa cerca de 20% do petróleo consumido. Conflitos no Oriente Médio pressionam os preços e podem elevar os custos logísticos na região Norte.
O governo brasileiro ainda não se posicionou oficialmente. No entanto, o Itamaraty acompanha os desdobramentos por meio de sua página oficial.
Diplomacia em xeque
Questionado sobre negociações futuras, Araghchi afirmou que “a diplomacia não está em pauta no momento”. O Irã considera o ataque uma violação grave do direito internacional e promete agir conforme seu direito à autodefesa.
Com os desdobramentos, o cenário internacional se torna mais instável. A comunidade global aguarda os próximos passos do Irã e dos EUA.