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- Donald Trump anunciou ataque a usinas nucleares do Irã neste sábado, após escalada de tensões no Oriente Médio.
- O bombardeio a instalações nucleares iranianas envolveu alvos subterrâneos como Fordow e uso de bombardeiros B-2.
- Crise pode elevar preços de combustíveis no Amazonas, que consome mais de 1 milhão de barris por mês.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (data local) um ataque militar contra três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. A operação foi divulgada por Trump em suas redes sociais, com a confirmação de que as forças norte-americanas já haviam deixado o espaço aéreo iraniano.
Segundo o presidente, o principal alvo foi a instalação subterrânea de Fordow. “Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Agora é a hora de paz!”, escreveu Trump. A ofensiva ocorre em meio à escalada de tensões entre Irã, Israel e aliados ocidentais.
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Conflito no Oriente Médio se intensifica
O ataque dos EUA acontece após Israel lançar uma ofensiva surpresa contra o Irã em 13 de abril. O governo israelense acusa Teerã de desenvolver armas nucleares. O Irã nega e afirma que seu programa é pacífico, sob supervisão do AIEA.
A Agência Internacional de Energia Atômica, no entanto, apontou falhas de transparência por parte do Irã. Apesar disso, não há provas de que o país esteja fabricando ogivas. O governo iraniano acusa a AIEA de agir sob influência de potências ocidentais.
Yêmen ameaça navios dos EUA no Mar Vermelho
Horas antes do anúncio de Trump, o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, Yanya Saree, alertou que navios comerciais e militares dos EUA seriam alvos se Washington entrasse diretamente no conflito. A declaração foi publicada em redes sociais oficiais.
“Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense, atacaremos seus barcos no Mar Vermelho”, afirmou Saree. O Iêmen é aliado do Irã e tem histórico de confrontos com forças apoiadas pelos EUA e Arábia Saudita.
Bombardeiros B-2 são deslocados para o Pacífico
De acordo com a Reuters, os EUA enviaram bombardeiros B-2 para a Ilha de Guam. As aeronaves são capazes de atingir alvos subterrâneos, como bunkers nucleares. O movimento sinaliza possível intensificação das ações militares.
Analistas apontam que o envio dos bombardeiros pode representar uma estratégia de dissuasão. A Ilha de Guam é uma base estratégica dos EUA no Pacífico, com capacidade de resposta rápida na Ásia e Oriente Médio.
Impactos para o Brasil e o Amazonas
O aumento da tensão internacional pode afetar o Brasil, especialmente o Amazonas. A região depende de importações de combustíveis e fertilizantes, cujos preços reagem a conflitos globais.
Segundo dados da ANP, o Amazonas consome mais de 1 milhão de barris de derivados por mês. A instabilidade no Oriente Médio pode pressionar os preços e impactar a inflação local.
Além disso, o Brasil é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e mantém relações comerciais com Irã e Israel. O governo federal ainda não se posicionou oficialmente sobre o ataque norte-americano.
Contexto político e diplomático
Em março, a inteligência dos EUA informou que o Irã não estava desenvolvendo armas nucleares. A declaração foi contradita por Trump, que agora questiona os relatórios.
Israel, que não reconhece o programa nuclear iraniano, é suspeito de manter arsenal atômico desde os anos 1950. Estimativas apontam que o país tenha até 90 ogivas.
O cenário coloca em risco negociações diplomáticas e pode influenciar decisões políticas no Brasil. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara acompanha os desdobramentos.