Manaus enfrenta mais um dia de transtornos no transporte público. A greve dos ônibus iniciada nesta terça-feira (15) paralisou parte da frota e afeta milhares de passageiros.
Motoristas e cobradores cruzaram os braços às 4h. A paralisação não tem previsão de término.
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Rodoviários exigem reajuste de 12% e manutenção dos cobradores
Entre as principais demandas da categoria está o reajuste salarial de 12%. Os trabalhadores também pedem a permanência dos cobradores nos veículos.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Manaus, a retirada progressiva desses profissionais é um dos principais motivos da greve.
A categoria alega que a mudança afeta a qualidade do serviço e gera sobrecarga para os motoristas.
Operação parcial compromete mobilidade em Manaus
O sindicato informou que a operação será parcial durante a paralisação. Nos horários de pico (6h às 9h e 17h às 20h), apenas 70% da frota deve circular.
Nos demais períodos, o funcionamento será reduzido a 50% dos veículos.
Com isso, terminais e pontos de ônibus registram superlotação desde as primeiras horas da manhã.
Impactos e desdobramentos políticos no Amazonas
A greve pressiona a Prefeitura de Manaus e o governo estadual a intervir. O transporte público é um dos principais serviços urbanos da capital.
O Executivo municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o movimento grevista.
Parlamentares da Câmara Municipal de Manaus já cobram uma solução para o impasse.
A paralisação também pode influenciar debates sobre a reforma do transporte coletivo em discussão no Legislativo municipal.
Contexto e histórico de greves no transporte
Greves no transporte coletivo são recorrentes em Manaus. Em 2022, uma paralisação semelhante durou dois dias e resultou em acordo parcial.
Segundo dados do IBGE, mais de 830 mil pessoas dependem diariamente do sistema de ônibus na capital amazonense.
Especialistas apontam que a falta de diálogo entre empresas, sindicato e poder público agrava os conflitos trabalhistas.
Possíveis soluções e próximos passos
O Ministério Público do Trabalho pode ser acionado para mediar as negociações. A categoria não descarta ampliar a greve caso as demandas não sejam atendidas.
Enquanto isso, a população enfrenta dificuldades para se deslocar, especialmente em regiões periféricas.
O Portal Os 3 Poderes continuará acompanhando os desdobramentos e atualizações sobre a paralisação.