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- STF retoma julgamento de Carla Zambelli em 15 de agosto.
- Deputada já foi condenada a 10 anos por invasão ao CNJ.
- Nova ação trata de porte ilegal e constrangimento com arma.
- Carla Zambelli condenação STF pode levar à perda do mandato.
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma em 15 de agosto o julgamento virtual que pode resultar na segunda condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar já foi sentenciada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ.
Desta vez, Zambelli responde por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com arma, após perseguir o jornalista Luan Araújo em outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições. A maioria dos ministros já votou a favor da condenação.
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STF forma maioria pela condenação
Até o momento, seis ministros votaram pela condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. Também foi proposta a perda do mandato parlamentar. O relator, Gilmar Mendes, afirmou que a atitude da deputada não tem respaldo no Estado Democrático de Direito.
“A ré claramente forçou-o a fazer ato contrário a sua vontade, utilizando-se da arma de fogo para subjugá-lo”, disse Mendes.
Votaram com o relator os ministros Barroso, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. O julgamento estava suspenso desde março por pedido de vista de Nunes Marques, que devolveu o processo em 1º de agosto.
Como foi o episódio da perseguição?
O caso ocorreu em São Paulo, no bairro dos Jardins, quando Zambelli e o jornalista Luan Araújo trocaram provocações durante um ato político. A deputada sacou uma arma e o perseguiu, entrando armada em um estabelecimento comercial.
As imagens do episódio circularam nas redes sociais e foram usadas como prova pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que denunciou a deputada ao STF.
Deputada foi presa na Itália
Em 29 de julho, Zambelli foi presa em Roma ao tentar escapar de um mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes, referente à condenação no caso do CNJ. A Justiça italiana decidiu manter sua detenção.
Com dupla cidadania, Zambelli viajou à Itália em maio e pediu asilo político. O governo brasileiro solicitou sua extradição, que agora depende da decisão da Justiça italiana, sem prazo definido.
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