O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), repudiou nesta quinta-feira (19) a fala do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que sugeriu o enforcamento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em discurso na tribuna, Alcolumbre considerou a declaração “infeliz” e cobrou uma retratação do colega.
Plínio Valério e a fala polêmica
A polêmica começou na semana passada, quando Plínio Valério, durante palestra no Instituto Fecomércio do Amazonas, fez referência ao depoimento de Marina Silva na CPI das ONGs, presidida por ele em 2023.
“A Marina teve, na CPI das ONGs, seis horas e dez minutos. Imaginem o que é tolerar a Marina, seis horas e dez minutos, sem enforcá-la”, declarou o senador.
A declaração gerou forte repercussão, levando Alcolumbre a se manifestar. Apesar de discordar de Marina Silva em questões ideológicas, o presidente do Senado destacou que “um senador da República não pode, nem em tom de brincadeira, fazer esse tipo de afirmação”.
Marina Silva responde a ataque
Mais cedo, em entrevista à TV Brasil, Marina Silva reagiu à fala de Plínio Valério.
“Quem brinca com a vida dos outros ou faz ameaça de brincadeira e rindo? Só os psicopatas são capazes de fazer isso”, disse a ministra.
A resposta de Marina aumentou a tensão entre os dois políticos, que já protagonizaram embates no passado.
Plínio Valério não se arrepende
Após o pronunciamento de Alcolumbre, Plínio Valério voltou à tribuna do Senado para rebater as críticas.
“Se você perguntar se faria de novo, a resposta é não, mas também não me arrependo. (…) Eu não me excedi, eu talvez brinquei fora da hora”, afirmou.
O senador ainda minimizou a polêmica, dizendo que “não ofendeu Marina Silva” e que ela “não se sentiu ofendida”, argumentando que a ministra o chamou de psicopata.
A declaração de Plínio Valério continua repercutindo no meio político, reacendendo debates sobre o tom adotado por parlamentares em discursos públicos.
