Ver resumo
- Alexandre de Moraes manteve a acareação entre Cid e Braga Netto para 24/06 no STF, negando pedido de adiamento.
- O general é acusado de discutir o plano Punhal Verde e Amarelo e repassar dinheiro a militares aliados.
- A acareação entre Cid e Braga Netto visa esclarecer contradições sobre tentativa de golpe e envolve repercussão nacional.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do general Braga Netto para adiar a acareação com Mauro Cid. A audiência está mantida para a próxima terça-feira (24), em Brasília. O encontro faz parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Braga Netto e Cid são réus na ação penal que apura a existência de um plano para subverter a ordem democrática no Brasil. A defesa do general alegou que o advogado principal, José Luis de Oliveira Lima, estaria em viagem internacional na data marcada, e solicitou o adiamento para sexta-feira (27).
Leia Mais:
Decisão de Moraes mantém audiência
Moraes rejeitou o pedido com base na composição da equipe jurídica do general. Segundo o ministro, a banca conta com seis advogados, e outros representantes podem acompanhar a acareação. “Verifico que o réu Braga Netto está devidamente assistido”, afirmou o magistrado em sua decisão.
O STF considera que não há prejuízo à defesa, já que os demais advogados participaram de outras audiências. A decisão reforça o andamento regular do processo, que investiga a articulação de militares e civis em um suposto plano golpista.
Trama golpista e o plano Punhal Verde e Amarelo
A acareação foi solicitada para esclarecer contradições nos depoimentos de Cid e Braga Netto. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que o general teria discutido o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações violentas contra autoridades.
Além disso, Cid relatou que Braga Netto lhe entregou dinheiro em uma sacola de vinho. O valor seria destinado a integrantes do grupo conhecido como “kids pretos”, militares de elite supostamente envolvidos na operação.
Braga Netto nega envolvimento
Na semana passada, o general foi interrogado por Moraes e negou todas as acusações. Disse desconhecer o plano golpista e não ter repassado valores a Cid. Braga Netto está preso desde dezembro de 2023, acusado de obstrução de justiça.
Segundo a Ministério da Justiça, a investigação busca esclarecer o papel de militares nas articulações antidemocráticas. O caso tem impacto nacional e também repercute em estados como o Amazonas, onde a atuação das Forças Armadas é historicamente relevante.
Contexto político no Amazonas e no Brasil
No Amazonas, parlamentares acompanham o caso com atenção. A bancada federal tem cobrado transparência nas apurações. Segundo dados do TSE, o estado teve 1,8 milhão de eleitores em 2022, e a estabilidade democrática é tema central no debate político local.
A manutenção da acareação reforça o compromisso do STF com o andamento dos processos. A decisão de Moraes indica que o Judiciário não aceitará manobras para atrasar as investigações.