Zona Franca de Manaus não sofre impacto com tarifas dos EUA, diz Bosco Saraiva

Faturamento da ZFM é focado no mercado interno, e exportações para os EUA são consideradas irrelevantes.

Compartilhe

Ver resumo
  • A Suframa afirmou em julho que a Zona Franca de Manaus não será impactada por tarifas dos EUA, devido ao baixo volume exportado.
  • O polo industrial da ZFM faturou mais de R$ 160 bilhões em 2023, com foco no mercado interno brasileiro.
  • Analistas alertam que tensões comerciais podem afetar investimentos estrangeiros no Amazonas, mesmo sem impacto direto imediato.

A Zona Franca de Manaus (ZFM) não será afetada diretamente pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A avaliação é do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, após o anúncio feito por Donald Trump em 9 de julho. A medida eleva tarifas de importação de 10% para 50% e reacende o debate sobre relações comerciais entre Brasil e EUA.

Segundo Saraiva, o volume de exportações do polo industrial de Manaus para os EUA é considerado irrelevante. Ele reforçou que a Suframa segue alinhada com a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já se manifestou sobre o tema.

Impacto das tarifas dos EUA na Zona Franca de Manaus

O superintendente afirmou que o faturamento da ZFM não depende do mercado norte-americano. “O volume exportado aos EUA é quase insignificante para o polo”, disse. A Zona Franca não mantém relações comerciais significativas com os EUA há quase 20 anos.

Dados da Suframa mostram que a maior parte da produção da ZFM é voltada ao mercado interno brasileiro. O polo industrial de Manaus concentra setores como eletroeletrônicos, duas rodas e bens de informática, com faturamento acima de R$ 160 bilhões em 2023.

Riscos para investimentos estrangeiros no Amazonas

Apesar do impacto direto ser mínimo, analistas apontam riscos indiretos. A tensão comercial global pode afetar a confiança de investidores estrangeiros no Brasil, especialmente em regiões com incentivos fiscais como o Amazonas.

Saraiva reconhece o cenário internacional instável, mas defende cautela. “A prudência deve nortear nosso comportamento neste momento”, afirmou. Ele também demonstrou confiança na atuação do governo federal e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Alinhamento político e defesa do modelo ZFM

A declaração da Suframa reforça o alinhamento com o governo federal na defesa do modelo Zona Franca. A ZFM é estratégica para o desenvolvimento regional e proteção da floresta amazônica, com benefícios fiscais previstos na Constituição Federal.

O governo Lula já manifestou intenção de fortalecer o modelo, inclusive em fóruns internacionais. A postura da Suframa sinaliza estabilidade institucional e compromisso com a atração de investimentos sustentáveis para o Amazonas.

Zona Franca e política econômica nacional

A discussão sobre tarifas e comércio exterior ocorre em meio ao debate sobre a reforma tributária e a nova política industrial. A ZFM busca garantir sua competitividade nesse novo cenário, mantendo sua relevância econômica e ambiental.

Com apoio do governo federal, a Suframa pretende ampliar parcerias e diversificar a matriz produtiva. O foco é atrair investimentos em tecnologia, bioeconomia e sustentabilidade para o polo de Manaus.

Corpatilhe:
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore