Voto de Fux sobre trama golpista divide opinião pública e redes sociais

Ministro defende anulação do processo e gera reações opostas
Voto de Fux sobre trama golpista divide opinião pública e redes sociais

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  • Luiz Fux votou pela anulação de processo sobre trama golpista.
  • Decisão gerou apoio da direita e críticas da esquerda.
  • Ministro alegou falta de competência do STF para julgar o caso.
  • Voto de Fux reacende debate sobre impunidade e alinhamento político.

O voto do ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (10), provocou forte repercussão nas redes sociais. Fux defendeu a anulação do processo sobre a suposta trama golpista, alegando que o STF não seria o foro competente para julgar o caso.

O posicionamento dividiu opiniões entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e críticos do campo progressista, acirrando o debate público sobre a atuação da Corte.

Reação da direita: apoio e euforia

Perfis ligados à direita e ao bolsonarismo celebraram o voto. Parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) elogiaram Fux nas redes sociais. Hashtags como #FuxHonraAToga e #ANULATUDO foram amplamente divulgadas.

Um relatório do Instituto Democracia em Xeque (IDX) apontou que, entre 11h e 12h, as menções ao ministro chegaram a 210 mil, superando as a Bolsonaro e Alexandre de Moraes.

A defesa de Bolsonaro reagiu com entusiasmo, classificando Fux como o único ministro “independente” da Primeira Turma do STF.

Críticas da esquerda: risco de impunidade

No campo progressista, o voto foi visto como perigoso para a responsabilização dos réus. Hashtags como #SemAnistia e #BolsonaroNaCadeia foram usadas para cobrar condenações.

A deputada Duda Salabert (PDT-MG) chamou o voto de “contrassenso jurídico”. Já Lohanna França (PV) acusou Fux de proteger os mandantes dos atos de 8 de janeiro, enquanto condena apenas os executores.

“O sistema protege os donos, não os usados”, escreveu Lohanna.

O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) ironizou a frase “In Fux We Trust”, popularizada na Lava Jato, sugerindo alinhamento com a direita.

Justificativas do voto de Fux

Luiz Fux foi o terceiro a votar, divergindo dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que defenderam a condenação. Fux argumentou que:

  • O STF não seria o foro competente.
  • O caso deveria ser julgado pelo plenário, e não pela Primeira Turma.
  • Houve falhas no direito à ampla defesa dos réus.

Entre colegas, o voto causou “perplexidade”, já que o próprio ministro já havia aceitado julgar casos semelhantes ligados aos atos de 8 de janeiro.

Críticos também sugeriram que Fux estaria agindo por interesse pessoal, temendo sanções internacionais, como a perda de visto para os EUA.

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