O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (sem partido), deve se filiar, nos próximos dias, ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), presidido no Amazonas pelo ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto. O curioso na história é que, em 2019, o próprio Arthur Neto, então prefeito, acusou Almeida de manter ligações com o tráfico de drogas no Estado.
As informações são do portal amazonense O Poder. De acordo com o site, as tratativas para selar a filiação de Almeida a legenda tucanol aconteceram na presença do próprio ex-presidente nacional do partido, Tasso Jereissati, senador pelo Ceará.
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O episódio reforça o afastamento de Almeida de Wilson Lima, governador do Estado, com quem o vice protagonizou algumas divergências em tempos recentes.
O site ainda relembra o episódio da coletiva da prefeitura, em 15 de agosto de 2019, quando o então prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, insonuou que o vice-governador Carlos Almeida Filho tivesse ligação com o tráfico de drogas.
Arthur Neto falava sobre a ocupação Cidade das Luzes, no Tarumã, zona oeste de Manaus, quando fez a insinuação.
O ocupação irregular acabou desocupada pelas Forças de Segurança do Amazonas.
Acusação de Arthur
Arthur Neto chegou a declarar, ainda no mesmo dia, que o vice-governador do Amazonas era o mais adiantado de todos na invasão. “Não era inocente, não era criança e já era uma figurinha grande”, disse Arthur, na ocasião.
Carlos Almeida acumula passagens pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), entre 2018 e 2020 e pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), entre 2020 e 2021, antes de ficar sem partido até os dias atuais. Ao que tudo indica, o próximo partido do vice-governador deve ser o PSDB, já de olho nas eleições de 2022.