O Plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) derrubou, na sessão desta quarta-feira (11/10), o veto total do Executivo Municipal ao Projeto de Lei (PL) 354/2022, do vereador Raiff Matos (DC), que proíbe danças consideradas sensuais e músicas de conteúdo erótico nas escolas da capital amazonense.
Com isso, a partir da publicação no Diário do Legislativo Municipal, ficará proibida por lei a utilização de danças e músicas sensuais nas escolas de Manaus. O projeto foi aprovado na CMM no dia 23 de agosto, mas vetado de forma integral pela Prefeitura de Manaus no dia 29 de setembro.
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“Quero agradecer por esse apoio dos meus colegas vereadores. É uma vitória das famílias manauaras. Com isso, vamos conseguir colocar barreiras de proteção para as crianças nas escolas”, justificou o vereador Raiff Matos.
Segundo o exposto na lei, músicas com conteúdo erótico e sensual são aquelas que possuem letras com termos pejorativos relacionados à sexualidade e ao ato sexual. As danças proibidas nas escolas, segundo a proposta, utilizam movimentos ou gestos com conotação sexual simulando ou fazendo alusão à relação sexual, obscenidade, licenciosidade, indecência ou à prática de atos libidinosos.
No momento de votação da derrubada de veto, muitos vereadores se manifestaram durante a etapa de discussão se posicionando a favor da lei como forma de garantir a proteção das crianças contra a sexualização precoce nas escolas.
“Precisamos evitar a exposição prematura de crianças à erotização infantil ou à sexualização precoce. Infelizmente, a gravidez precoce é um problema muito sério que muitas vezes é minimizado”, afirmou o vereador.
A preservação da inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral das crianças e dos adolescentes é garantido na legislação brasileira, nos termos do artigo 17 da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA).
“Nossa proposta que proíbe danças sensuais nas escolas reforça o que o ECA já garante, enfatizando a proibição de qualquer iniciativa que afete o princípio da inviolabilidade física, psíquica e moral das crianças e adolescentes”, acrescentou o vereador.