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- O STF, por decisão de Alexandre de Moraes nesta quarta (9), manteve preso o general Mário Fernandes por risco à ordem pública.
- Segundo a PF, Fernandes teria elaborado o plano “Punhal Verde e Amarelo”, com apoio de Bolsonaro até dezembro de 2022.
- A trama golpista repercute no Amazonas e reforça o papel do STF na proteção da democracia.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão do general Mário Fernandes, acusado de envolvimento na trama golpista investigada pela Polícia Federal. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (9), reafirmando a necessidade da custódia preventiva iniciada em novembro de 2023.
Segundo Moraes, a prisão é essencial para garantir a ordem pública e a continuidade da investigação. O general é um dos alvos centrais do inquérito que apura ações contra a democracia brasileira.
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Trama golpista e risco à ordem pública
De acordo com a Polícia Federal, Mário Fernandes teria elaborado um documento intitulado Punhal Verde e Amarelo. O conteúdo do arquivo detalharia um plano voltado ao sequestro ou homicídio de autoridades como o ministro Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A PF também aponta que Fernandes relatou apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao plano até 31 de dezembro de 2022. Em áudio enviado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, o general teria dito que Bolsonaro autorizou a ação até o fim do mandato.
Defesa nega participação em plano golpista
Os advogados do general alegam que o suposto plano nunca foi apresentado a ninguém. A defesa sustenta que não há provas de que Fernandes tenha articulado ações práticas contra o Estado democrático.
Apesar disso, Moraes considerou que não houve fatos novos que justifiquem a soltura. A denúncia formalizada pela Procuradoria-Geral da República reforça os indícios de participação ativa do general na tentativa de ruptura institucional.
Impacto político no Amazonas e no Brasil
O caso repercute nacionalmente e também no Amazonas, onde o debate sobre a defesa da democracia ganha força. Parlamentares da região têm se posicionado a favor da responsabilização de envolvidos em atos antidemocráticos.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Amazonas registrou forte polarização nas eleições de 2022. O cenário reforça a importância de medidas judiciais para preservar a estabilidade institucional no estado e no país.
STF e a condução dos inquéritos
O Supremo Tribunal Federal tem centralizado os processos relacionados à tentativa de golpe. A atuação de Moraes é vista como estratégica para impedir retrocessos democráticos.
Além de militares, o inquérito atinge ex-integrantes do governo Bolsonaro. A PF segue apurando a extensão da rede envolvida, incluindo civis e agentes públicos.
O caso Mário Fernandes se soma a outras ações penais que buscam responsabilizar os articuladores de ataques à democracia. A expectativa é de que novos desdobramentos ocorram nos próximos meses.