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- STF interroga 12 réus da trama golpista nesta segunda-feira.
- Grupo inclui militares do Exército e um policial federal.
- Réus são acusados de planejar ações contra Lula e Moraes.
- Trama golpista foi dividida em quatro núcleos pela PGR.
O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta segunda-feira (28) o último interrogatório dos réus do Núcleo 3 da trama golpista investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A sessão começou às 9h, conduzida por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.
Esse núcleo é composto por 11 militares do Exército e um policial federal, alguns deles integrantes do Batalhão de Forças Especiais, conhecidos como kids pretos. Eles são acusados de participar do planejamento de ações para tentar derrubar o governo democraticamente eleito.
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Réus são acusados de crimes graves
Os réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Segundo a PGR, o grupo planejou ações táticas como o monitoramento de autoridades, incluindo Lula e Alexandre de Moraes.
Por estarem na condição de réus, os acusados têm o direito de permanecer em silêncio durante os questionamentos da acusação e da defesa.
Como está estruturado o processo
A denúncia da PGR foi dividida em quatro núcleos. Os réus dos núcleos 1, 2 e 4 já foram ouvidos. O processo mais avançado é o do Núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados. Ele está na fase de alegações finais e deve ser julgado em setembro.
Os interrogados desta segunda-feira são: Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Estevam Theophilo, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira, Márcio Nunes De Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.
Três pontos de destaque do interrogatório
1. O grupo é acusado de articular ações militares paralelas.
2. Parte dos réus atuava em unidades de elite do Exército.
3. A defesa pode pedir nulidades com base em supostos abusos.
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