Telmário Mota deixa prisão e cumpre domiciliar de 60 dias

Decisão judicial permite que ex-senador cumpra pena em casa sob monitoramento eletrônico.

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Mesmo condenado por estupro e homicídio encomendado, o ex-senador Telmário Mota (PROS-RR) foi autorizado a deixar a prisão nesta quinta-feira (18). Ele cumprirá 60 dias de prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Preso desde outubro de 2023, Telmário estava em regime fechado em Boa Vista (RR). A decisão judicial considerou laudos médicos que apontam transtornos mentais e problemas físicos.

Prisão domiciliar para Telmário Mota

Segundo a defesa, o sistema prisional de Roraima não oferecia tratamento adequado. Com base em perícia do Ministério Público de Roraima, realizada em fevereiro, a Justiça acatou a recomendação de prisão domiciliar.

A medida permite que Telmário saia de casa apenas para tratamento médico ou com autorização judicial. Após 60 dias, o benefício será reavaliado.

Condenação por estupro e suspeita de homicídio

O caso teve forte repercussão em Roraima. Em 2022, a filha de Telmário, então com 17 anos, o denunciou por estupro. Em 2023, a mãe da jovem, Antônia Araújo, foi morta com um tiro na cabeça.

Antônia era testemunha-chave no processo. Ela foi assassinada três dias antes da audiência, quando saía para o trabalho, em Boa Vista.

As autoridades investigam o ex-senador como possível mandante do crime. Ele nega envolvimento.

Prisão e transferência para Roraima

Telmário foi preso em outubro de 2023, em Goiás, após decisão da Justiça. Em dezembro, foi transferido para o sistema prisional de Roraima, onde permaneceu até esta semana.

O ex-senador foi condenado por estupro de vulnerável e é investigado por homicídio qualificado. O caso segue em tramitação.

O processo tramita sob sigilo no Tribunal de Justiça de Roraima.

Impacto político e institucional

Telmário Mota foi senador entre 2015 e 2023. Sua trajetória política incluiu alianças com diferentes grupos partidários. Após as denúncias, ele perdeu apoio político e teve sua imagem pública comprometida.

O caso levanta debates sobre a efetividade do sistema penal e o uso de laudos médicos em decisões judiciais. Também reacende discussões sobre violência de gênero e impunidade no Brasil.

Organizações de direitos humanos cobram respostas do Judiciário e proteção às vítimas de violência sexual.

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