Tarifaço dos EUA não muda política do Ministério da Saúde

Mesmo com as tarifas americanas, governo reforça compromisso com acordos internacionais e produção nacional em saúde.

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  • Alexandre Padilha afirmou na Fiesp, em 25/08, que o tarifaço dos EUA não provocará retaliações do Brasil.
  • O Ministério da Saúde manterá acordos internacionais e foco em parcerias público-privadas, mesmo com tarifas americanas.
  • O governo investirá R$ 450 milhões no novo Centro de Competência em Tecnologias de RNA.
  • Iniciativas com China e Índia visam reduzir dependência externa e fortalecer o SUS e a pesquisa clínica.

O ministro Alexandre Padilha afirmou que o tarifaço dos EUA não levará o Brasil a retaliar com medidas contra a propriedade intelectual. A declaração foi feita nesta sexta-feira (25), durante evento na Fiesp, em São Paulo.

Segundo Padilha, o Ministério da Saúde manterá sua política de respeito aos acordos internacionais e foco na parceria público-privada, mesmo diante de medidas unilaterais do governo americano.

Governo descarta retaliação por propriedade intelectual

Padilha reforçou que o Brasil não responderá com retaliações irracionais. “Não vamos nos mover por anúncios irracionais porque já foram feitos aos montes e não necessariamente viraram realidade”, disse.

O ministro lembrou que o país é signatário dos acordos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que a tradição da pasta é respeitar a propriedade intelectual e atrair investimentos internacionais.

Como o tarifaço pode afetar a saúde?

Apesar de descartar retaliações, Padilha reconheceu que as tarifas podem impactar negativamente a área da saúde. “Qualquer coisa que vá contra o livre comércio afeta a saúde”, afirmou.

Ele ponderou que o Brasil hoje é menos dependente de insumos importados dos Estados Unidos do que no passado. “Estamos mais preparados para enfrentar esse tipo de situação”, disse.

Três ações para reduzir dependência externa

O ministro destacou medidas para fortalecer a produção nacional de insumos e tecnologias em saúde. Entre elas, acordos com China e Índia no âmbito do Brics para produzir insulina no Brasil.

Outra iniciativa é a criação do primeiro Centro de Competência em Tecnologias de RNA, com foco em RNA mensageiro (mRNA), lançado nesta sexta-feira na sede da Fiesp.

Qual o objetivo do novo centro de RNA?

O centro visa ampliar a produção de vacinas e terapias avançadas no Brasil. O governo federal destinou R$ 450 milhões ao projeto, que integra ações pela soberania científica do país.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, afirmou que a pandemia evidenciou a dependência externa. “Sentimos isso de maneira aguda durante a covid-19”, disse.

Impactos esperados no SUS e na pesquisa

A chamada pública para o centro de RNA incentivará projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com parcerias com ICTs e participação de mestres e doutores.

Entre os resultados esperados estão o aumento da produção nacional, a ampliação da oferta de terapias para o SUS e o fortalecimento da pesquisa clínica no Brasil.

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