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- Tarifaço EUA Brasil entra em vigor nesta quarta-feira (6).
- Setores como carnes, máquinas e têxteis serão afetados.
- Governo brasileiro promete medidas de apoio no dia 18.
- Brasil já acionou a OMC e mantém negociações abertas.
O tarifaço EUA Brasil entrou em vigor nesta quarta-feira (6), impactando diretamente setores estratégicos da economia nacional. A medida, imposta pelo governo de Donald Trump, aplica uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, mesmo após a retirada de quase 700 itens da lista original.
A sobretaxa atinge exportações de máquinas, carnes, frutas, móveis, têxteis e outros bens, afetando principalmente pequenas e médias empresas. A decisão é vista como uma retaliação política, e não apenas comercial, e pode comprometer a recuperação econômica do Brasil.
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Governo confirma impacto em setores-chave
O governo brasileiro reconhece que a medida compromete a competitividade de exportadores nacionais. Segundo fontes do Ministério da Fazenda, a alta dos juros deve se manter “por tempo indeterminado”, dificultando o crescimento econômico.
Empresas como a McDonald’s, que importa carne do Brasil, também devem sentir os efeitos. Por isso, a entrada em vigor do tarifaço foi adiada de 1º de agosto para esta quarta-feira.
Como o Brasil está reagindo ao tarifaço?
O Brasil já iniciou consultas formais na Organização Mundial do Comércio (OMC) e estuda acionar a Suprema Corte dos EUA. A estratégia é manter a via diplomática aberta, mesmo diante da resistência norte-americana ao diálogo.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil “não sairá da mesa de negociação”. A expectativa é de que o governo apresente medidas de apoio aos exportadores no próximo dia 18.
Três setores mais prejudicados
Entre os mais afetados estão:
- Agropecuária: carnes, frutas e café enfrentam queda na demanda.
- Indústria: máquinas e equipamentos perderão competitividade.
- Moda e móveis: calçados e têxteis devem sofrer com estoques parados.
Leia a nota do Itamaraty na íntegra
“O Brasil lamenta a adoção unilateral de medidas tarifárias pelos Estados Unidos, e reforça seu compromisso com o comércio internacional baseado em regras. O governo brasileiro seguirá buscando soluções técnicas e jurídicas para proteger seus interesses.”
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