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- Parlamentares do PT criticaram o governo Lula após vetos à Lei das Eólicas serem derrubados no Congresso em junho.
- A medida pode elevar a tarifa de energia, afetando especialmente consumidores do Amazonas devido ao alto custo logístico.
- O governo promete uma Medida Provisória para evitar reajustes e conter a crise com sua base aliada.
Parlamentares do PT manifestaram insatisfação com o governo Lula após a votação no Congresso que derrubou vetos à Lei das Eólicas Offshore. A medida pode impactar diretamente a conta de luz dos brasileiros, incluindo os consumidores do Amazonas.
Deputados e senadores petistas alegam que seguiram a orientação do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), sem conhecimento prévio dos efeitos tarifários da decisão.
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Crise política entre PT e governo Lula
A votação gerou desconforto na base aliada. O PT acusou o Planalto de quebra de confiança. Segundo os parlamentares, o governo não comunicou que os vetos incluídos na pauta poderiam elevar os custos da energia.
Esses vetos, inicialmente fora do acordo, foram adicionados após pressão do Centrão. O grupo ameaçou derrubar todos os vetos presidenciais caso parte deles não fosse apreciada.
Impacto na tarifa de energia no Amazonas
A derrubada dos vetos pode obrigar o governo a contratar fontes de energia específicas, como pequenas hidrelétricas, térmicas a gás e eólicas, mesmo sem demanda comprovada.
Esses dispositivos, conhecidos como “jabutis”, encarecem a geração de energia. No Amazonas, onde o custo logístico já é alto, o impacto pode ser maior para consumidores residenciais e industriais.
Medida Provisória para conter reajuste
Após a repercussão negativa, o governo federal prometeu editar uma Medida Provisória até o fim de junho. O objetivo é evitar o aumento nas tarifas de energia elétrica.
A medida busca reverter os efeitos da derrubada dos vetos e manter o equilíbrio no setor elétrico, especialmente em estados da Região Norte.
Contexto político e articulação no Congresso
A decisão de pautar os vetos foi do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP). A ação atendeu a uma articulação do Centrão, que cobrou contrapartidas do governo.
O episódio expôs fragilidades na articulação política do Planalto com sua base. O caso também reacende o debate sobre o uso de “jabutis” em projetos estratégicos.
Repercussão e próximos passos
O PT cobra mais transparência nas negociações com o Congresso. A bancada quer evitar novos desgastes e garantir que decisões técnicas não sejam distorcidas por interesses políticos.
O governo tenta recompor a base e avançar em pautas prioritárias, como a transição energética e a estabilidade tarifária.