STF anula decisão da Câmara e PL reage em defesa de Ramagem

Partido critica interferência do Judiciário e afirma que manterá apoio ao deputado investigado.

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O Partido Liberal (PL), liderado por Jair Bolsonaro, elevou a pressão sobre a Câmara dos Deputados após decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo cobra uma reação do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), contra a anulação de uma resolução que suspendia ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A resolução, aprovada por 315 deputados, também beneficiava Bolsonaro e outros aliados investigados por suposto envolvimento em tentativa de golpe de Estado. A decisão do STF reacendeu o embate entre Legislativo e Judiciário.

PL contesta decisão do STF sobre Alexandre Ramagem

O STF considerou inconstitucional a suspensão da ação penal contra Ramagem. O deputado é acusado de uso político da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quando a dirigia. A defesa nega irregularidades.

O PL argumenta que o STF desrespeitou a prerrogativa da Câmara de deliberar sobre seus membros. A legenda sustenta que a decisão compromete a independência entre os poderes.

Pressão sobre Hugo Motta e impacto político

Hugo Motta, recém-eleito presidente da Câmara, enfrenta seu primeiro teste político. Deputados da base bolsonarista exigem que ele defenda a decisão do plenário da Casa.

Segundo o regimento interno, a Câmara pode deliberar sobre medidas que envolvam seus parlamentares. No entanto, o STF entende que não cabe ao Legislativo suspender ações penais em curso.

Reflexos no Amazonas e articulação nacional

No Amazonas, a bancada federal se divide sobre o caso. Deputados como Capitão Alberto Neto (PL-AM) defendem o posicionamento do partido e criticam a atuação do STF.

Outros parlamentares preferem cautela, temendo desgaste institucional. O tema ganha relevância em estados como o Amazonas, onde o alinhamento político com Bolsonaro ainda é forte.

Disputa entre poderes e cenário jurídico

A decisão do STF reforça a jurisprudência de que o Judiciário pode revisar atos do Legislativo que contrariem a Constituição. O STF alegou que a suspensão da ação penal violava a separação dos poderes.

Já o PL promete recorrer. A sigla estuda apresentar projeto para limitar decisões monocráticas e reforçar a autonomia do Congresso Nacional.

Contexto nacional e próximos passos

O embate ocorre em meio a investigações sobre tentativa de golpe após as eleições de 2022. Bolsonaro e aliados são alvos de inquéritos que apuram ações contra o Estado Democrático de Direito.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) mantém investigações em curso. O site da Câmara acompanha os desdobramentos políticos do caso.

O caso Ramagem se tornou símbolo da disputa entre os poderes. A reação da Câmara pode definir os rumos da relação institucional entre Legislativo e Judiciário nos próximos meses.

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