O setor de serviços no Brasil cresceu 0,8% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo dados com ajuste sazonal do IBGE. A alta interrompe sequência de retração e sinaliza retomada da atividade.
Na comparação com fevereiro de 2023, o avanço foi de 4,2%, marcando o 11º resultado positivo consecutivo nessa base. No acumulado de 12 meses, o setor registra crescimento de 2,8%.
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Setor de serviços mantém trajetória positiva
A pesquisa mostra que o desempenho de fevereiro recupera a perda de 0,6% registrada em janeiro. Segundo Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, “houve recuperação da perda verificada em janeiro”.
Com esse resultado, o setor está 1% abaixo do pico histórico (outubro de 2024) e 16,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Informação e tecnologia lideram crescimento
Entre os cinco segmentos pesquisados, quatro apresentaram alta:
- Informação e comunicação: 1,8%
- Serviços profissionais e administrativos: 1,1%
- Outros serviços: 2,2%
- Serviços prestados às famílias: 0,5%
O destaque segue com o setor de tecnologia da informação, que lidera a expansão com forte demanda por serviços como softwares, consultoria e tratamento de dados.
Em serviços administrativos, plataformas de comércio eletrônico e aplicativos de intermediação puxaram o crescimento.
Turismo mostra recuperação após queda
O índice de atividades turísticas subiu 2,9% em fevereiro, após queda de 6,1% em janeiro. O setor está 9,7% acima do nível pré-pandemia e 3,4% abaixo do pico histórico (dezembro de 2024).
O avanço foi impulsionado pela redução de 20,46% nos preços das passagens aéreas, o que aumentou o volume de transporte de passageiros.
Na comparação anual, o turismo cresceu 7,3%, com nove resultados positivos consecutivos.
Contexto econômico e impacto regional
A Pesquisa Mensal de Serviços é parte dos indicadores conjunturais do IBGE, junto com o comércio e a indústria. Em fevereiro, o comércio cresceu 0,5% e a indústria recuou 0,1%.
No Amazonas, o setor de serviços tem papel relevante na economia, especialmente em Manaus, onde a Zona Franca impulsiona demandas por logística