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- Lula viaja ao Canadá em 16 de junho para representar o Brasil na sessão ampliada do G7 e debater clima e energia.
- Brasil destaca reservas de minerais críticos no Amazonas, como nióbio e terras raras, essenciais para transição energética.
- Segurança energética será tema central, com foco em inovação, sustentabilidade e preparação para a COP30 em Belém.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta segunda-feira (16) para o Canadá, onde participará da 51ª Cúpula do G7. O encontro ocorre no dia 17 e reunirá as sete economias mais industrializadas do mundo. O Brasil foi convidado para a sessão ampliada do evento, que discutirá temas estratégicos como segurança energética e transição climática.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o tema da segurança energética será central nas discussões. A delegação brasileira vê a cúpula como uma oportunidade para alinhar posições antes da COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em 2025.
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Segurança energética e minerais críticos
De acordo com o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, os debates no G7 devem focar em tecnologia e inovação, diversificação das fontes energéticas e cadeias produtivas de minerais críticos. Esses insumos são essenciais para energias renováveis e baterias de veículos elétricos.
O Brasil possui reservas estratégicas desses minerais, especialmente na região Norte. Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil, o Amazonas concentra jazidas de nióbio, manganês e terras raras. O tema é relevante para o desenvolvimento sustentável da região.
Brasil na sessão ampliada do G7
Além do Brasil, participam da sessão ampliada países como Índia, África do Sul, México, Coreia do Sul, Austrália e Emirados Árabes Unidos. Os países do G7 são Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Japão.
O convite ao presidente Lula foi feito pelo primeiro-ministro canadense, Mark Carney, na última quarta-feira (11). Há expectativa de uma reunião bilateral entre os dois líderes no dia 17.
Conexão com a COP30 em Belém
O embaixador Lyrio destacou que o G7 será uma prévia dos temas da COP30. A conferência ocorrerá em novembro de 2025, em Belém, e terá foco em ações climáticas e financiamento verde.
Lula deve aproveitar o evento no Canadá para reforçar convites a outros países e apresentar os preparativos da conferência. A COP30 será a primeira realizada na Amazônia, região estratégica para o clima global.
Impacto político e econômico para o Amazonas
A participação do Brasil no G7 pode atrair investimentos para infraestrutura energética e mineração sustentável no Amazonas. O estado é peça-chave na transição energética brasileira, com potencial em energia solar, biomassa e hidrogênio verde.
Segundo o Plano de Desenvolvimento da Suframa, projetos de inovação tecnológica no Polo Industrial de Manaus podem se beneficiar de parcerias internacionais. A visibilidade no G7 fortalece a posição do Brasil como líder em soluções sustentáveis.