O secretário do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, esteve reunido com o Grupo Técnico (GT) que atua na transição de Governo Federal na área ambiental. No encontro ocorrido na terça-feira (06/12) foram discutidos aspectos considerados estratégicos para a próxima gestão do Governo Federal, que inicia em janeiro de 2023.
Taveira esteve representando a Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente (Abema) e o Fórum de Secretários da Amazônia Legal, entidades nas quais atua como vice-presidente e presidente, respectivamente. O encontro ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, sede do governo de transição, e contou com a participação do ex-governador do Acre, Jorge Viana, coordenador do GT.
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“O objetivo da reunião foi encaminhar ao comitê de transição as demandas que os Estados definiram como prioridade na última reunião da Abema, que ocorreu na semana passada. A principal questão é a retomada do espaço dos Estados nos comitês e conselhos que definem a política ambiental no país, haja vista que mais de 90% dessa política é aplicada pelos Estados e também pelos Municípios”, disse Taveira.
Por meio do Fórum de Secretários da Amazônia Legal, representantes dos Estados expuseram a necessidade de reforçar as estruturas institucionais de comando e controle do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para coibir o avanço do desmatamento na Amazônia. O Fórum também cobrou a atuação coordenada com os Estados nas ações de combate e prevenção de ilícitos ambientais.
No eixo de desenvolvimento regional sustentável, os secretários da Amazônia Legal pediram apoio nas ações para o financiamento dos Estados e para a implementação de políticas de estruturação de economias de baixas emissões, incluindo o desenvolvimento e fortalecimento do sistema de REDD+ subnacional.
Além disso, o Fórum solicitou prioridade para avançar na regularização fundiária e ambiental na Amazônia e na destinação de terras públicas federais na região. Eles também pediram a retomada das atividades do Centro de Biotecnologia da Amazônia como pilar da transição do desenvolvimento sustentável por meio da bioeconomia, do desenvolvimento científico e tecnológico para toda a região.
Demandas
A Abema, por sua vez, também reforçou a necessidade de fortalecimento das atividades de comando e controle, com ações realizadas em cooperação com as forças de segurança e ambientais de cada Estado. Pediu ainda urgência na construção de um Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM) e no fortalecimento do CAR para implementação de Programas de Regularização Ambiental (PRA).
A Associação, que integra todas as secretarias de Estado do Meio Ambiente do país, pediu ainda que o presidente eleito considere a participação dos estados em alguns Conselhos e Comissões, a exemplo do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente, da Comissão Executiva para Controle do Desmatamento Ilegal e Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg) e da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio).
“Nós formalizamos essas demandas por meio de duas cartas, uma da Abema e outra do Fórum. Agora nós vamos aguardar a nomeação do ministro do Meio Ambiente e já solicitamos, como encaminhamento, que assim que a nova equipe seja indicada, seja realizada uma reunião oficial, com todos os secretários de Meio Ambiente do Brasil, para alinhar esses compromissos que possam vir a ser assumidos ao longo do próximo governo”, completou Taveira.
|Fonte: Secom/Sema