Rogério de Andrade é denunciado ao STF por homicídio brutal

Acusação envolve execução de líder comunitário e conexão com milícia no Rio de Janeiro.

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  • STF aceitou nova denúncia contra Rogério de Andrade em 2024, no Rio, por homicídio ligado ao crime organizado.
  • Fernando Iggnácio foi morto com fuzil AK-47 em 2020; seis acusados foram denunciados pelo MPRJ.
  • Rogério de Andrade cumpre pena em presídio federal para impedir comando de atividades ilícitas de dentro da prisão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou nova denúncia contra Rogério de Andrade. A decisão ocorre no contexto da investigação do assassinato de Fernando Iggnácio, ocorrido em 2020, no Rio de Janeiro. O caso envolve disputas históricas no controle do jogo do bicho.

Rogério é sobrinho de Castor de Andrade, histórico contraventor da zona oeste carioca. A vítima, Fernando Iggnácio, era genro de Castor. Ambos disputavam o comando da organização após a morte do patriarca, em 1997.

STF valida provas do MPRJ contra Rogério de Andrade

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) apresentou novas provas. Os documentos foram considerados suficientes pelo STF para justificar o prosseguimento da ação penal. A decisão foi assinada pelo ministro Nunes Marques.

A defesa de Rogério tentou anular o processo, alegando descumprimento de decisão anterior da Segunda Turma do STF. Em 2022, a Corte havia trancado uma denúncia anterior por falta de provas robustas. No entanto, Nunes Marques destacou que a nova ação se baseia em elementos inéditos, conforme autorizado anteriormente.

Nova denúncia inclui participação de seis acusados

A nova denúncia foi acolhida pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Capital. Além de Rogério de Andrade, também foi denunciado Gilmar Eneas Lisboa, acusado de monitorar a rotina da vítima. Ambos seguem com mandados de prisão válidos.

O assassinato ocorreu em 10 de novembro de 2020, no heliporto do Recreio dos Bandeirantes. Fernando Iggnácio foi morto com tiros de fuzil AK-47 ao desembarcar de um helicóptero vindo de Angra dos Reis.

Implicações nacionais e impacto no combate ao crime

Segundo o Ministério da Justiça, Rogério cumpre pena em presídio federal no Mato Grosso do Sul. A medida visa impedir que ele continue comandando atividades ilícitas, como o jogo do bicho, de dentro da prisão.

O caso reforça a atuação integrada entre o STF e o MPRJ no combate ao crime organizado. No Amazonas e em outros estados, o modelo de cooperação entre instituições tem sido replicado para enfrentar facções e milícias.

Violência e poder paralelo no Brasil

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 47 mil homicídios em 2023. Muitos estão ligados a disputas territoriais entre grupos criminosos, como no caso de Rogério de Andrade.

O uso de armas de guerra, como o fuzil AK-47 no assassinato de Iggnácio, evidencia o poder bélico dessas organizações. A repressão a esses grupos é uma prioridade nacional, especialmente em regiões como o Norte, onde o narcotráfico se expande.

Desdobramentos e próximos passos

Com a denúncia validada, o processo criminal segue em tramitação. Os acusados responderão por homicídio qualificado, organização criminosa e porte ilegal de armas. A expectativa é que o julgamento ocorra ainda em 2024.

O caso serve de alerta para o fortalecimento institucional no enfrentamento ao crime organizado. A atuação do STF e do MPRJ pode influenciar ações semelhantes em estados como o Amazonas, onde o avanço de facções preocupa autoridades locais.

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