Responsabilização civil de Eduardo Bolsonaro é alvo no STF

Juristas acusam deputado de articular sanções contra o Brasil

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  • Juristas pedem responsabilização civil de Eduardo Bolsonaro ao STF.
  • Deputado é acusado de articular sanções dos EUA contra o Brasil.
  • Ação cobra reafirmação da soberania e regulação de big techs.
  • Medidas teriam causado prejuízos econômicos e institucionais ao país.

A responsabilização civil de Eduardo Bolsonaro foi solicitada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), que protocolou uma ADPF contra ações e omissões do Estado diante de sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.

Segundo a entidade, o deputado federal afastado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atuou diretamente para influenciar o governo norte-americano a aplicar medidas contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF e o procurador-geral da República.

Juristas apontam violação da soberania nacional

Na ação, os juristas afirmam que as sanções têm motivação política e visam coagir o Brasil a recuar em sua atuação soberana sobre regulação digital. A ABJD acusa Eduardo Bolsonaro de colaborar com essa estratégia, ferindo princípios constitucionais e o Estado Democrático de Direito.

O documento destaca que o deputado admitiu, em nota, ter ajudado a direcionar as sanções para “atingir o alvo correto”. Ele também teria participado de articulações para a suspensão de vistos de ministros do STF e de outras autoridades.

Como o STF pode agir diante da denúncia?

A ADPF solicita que o STF reafirme a soberania normativa, informacional e fiscal do Brasil, obrigue as big techs a cumprir a legislação brasileira e declare nulas as sanções estrangeiras que interfiram na ordem jurídica nacional.

Além disso, a ação requer a criação de um regime de tributação progressiva para plataformas digitais e a responsabilização civil de Eduardo Bolsonaro por danos ao país, incluindo coação, obstrução de investigações e apoio a tentativa de ruptura institucional.

Três pontos centrais da ação da ABJD

  • Influência de Eduardo Bolsonaro nas sanções dos EUA.
  • Pressão contra regulação de plataformas digitais no Brasil.
  • Prejuízos econômicos e institucionais causados pelas medidas.

Impactos econômicos e digitais preocupam juristas

Segundo a ABJD, o tarifaço afeta setores como agronegócio, siderurgia e indústria de transformação, com impacto bilionário no PIB e na vida de trabalhadores. A entidade também alerta para o enfraquecimento da proteção de dados e o aumento da desinformação.

“Não aceitaremos que o Brasil seja tratado como colônia digital e econômica”, afirmou Tereza Mansi, da Executiva Nacional da ABJD.

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