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- O Senado aprovou o reajuste dos militares em 16 de maio, com aumento em duas parcelas até 2026.
- A medida impactará o orçamento em R$ 3 bilhões em 2024 e R$ 5,3 bilhões em 2026.
- Cerca de 740 mil militares da ativa, reserva e pensionistas serão beneficiados.
- No Amazonas, o aumento pode estimular a economia local em cidades com forte presença militar.
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (16) a Medida Provisória (MP) 2215/2024, que reajusta o soldo dos militares das Forças Armadas. A proposta, que já havia passado pela Câmara dos Deputados, segue agora para promulgação. O aumento será feito em duas parcelas de 4,5%: a primeira retroativa a abril de 2024 e a segunda prevista para janeiro de 2026.
Com a medida, o governo federal estima um impacto orçamentário de R$ 3 bilhões em 2024 e R$ 5,3 bilhões em 2026. O reajuste beneficia cerca de 740 mil pessoas, incluindo militares da ativa, da reserva e pensionistas.
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Reajuste militar terá impacto direto nas contas públicas
O aumento do soldo dos militares ocorre em meio a discussões sobre o equilíbrio fiscal do país. Segundo o Ministério da Defesa, o reajuste busca recompor perdas salariais acumuladas e valorizar a carreira militar.
O novo piso salarial, que era de R$ 1.078, passará a R$ 1.177 em janeiro de 2026. Essa faixa inclui patentes como soldado-recruta, marinheiro-recruta e soldado de segunda classe.
Quem será beneficiado pelo reajuste dos militares?
O texto aprovado abrange os seguintes grupos:
- Militares da ativa
- Militares da reserva remunerada
- Pensionistas das Forças Armadas
Entre os postos mais altos, como almirante de esquadra, general de Exército e tenente-brigadeiro do ar, o soldo atual de R$ 13.471 chegará a R$ 14.711 após os dois reajustes.
Amazonas e Norte do Brasil também sentem os efeitos
No Amazonas, onde há forte presença militar, especialmente na região da tríplice fronteira, o reajuste pode ter efeitos indiretos na economia local. Segundo dados do IBGE, o estado conta com mais de 10 mil militares ativos e inativos.
O aumento no poder de compra desse grupo tende a movimentar o comércio e os serviços, especialmente em cidades com unidades militares estratégicas, como Manaus, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira.
Tramitação e justificativa do governo federal
A MP foi editada pelo Executivo em abril e teve tramitação acelerada no Congresso. A justificativa oficial é a necessidade de recomposição salarial e de manutenção da atratividade da carreira militar.
Em nota, o Ministério da Defesa destacou que o reajuste “é parte de uma política de valorização da categoria, essencial para a soberania nacional”.