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- Milhares protestaram no domingo (14) em cidades globais contra ataque dos EUA ao Irã, reacendendo tensões no Oriente Médio.
- Em Nova York, Natália Marquez afirmou que o bombardeio reflete política de dominação econômica e militar dos EUA.
- Protestos contra ataque dos EUA geram preocupações econômicas no Brasil, afetando setor energético e a Zona Franca de Manaus.
O domingo (14) foi marcado por manifestações globais após o ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas. Os atos ocorreram em resposta direta ao bombardeio realizado no sábado (13), que reacendeu tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Nas cidades norte-americanas de Nova York e Los Angeles, milhares de pessoas protestaram contra a ação militar. A mobilização foi organizada por movimentos civis e grupos pacifistas que criticam o envolvimento dos EUA em conflitos externos.
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Protestos contra EUA reúnem multidões
A agência Reuters entrevistou Natália Marquez, organizadora do protesto em Nova York. Ela afirmou que o ataque é parte de uma política de dominação econômica e militar.
“Uma guerra que causará milhões de mortes”, disse Natália. Segundo ela, os EUA e Israel usam o Irã como justificativa para manter influência na região.
Além dos EUA, manifestações ocorreram em Teerã, Bagdá, Atenas e Islamabad. Os protestos pedem o fim das hostilidades e a retomada de negociações diplomáticas.
Europa dividida entre apoio a Irã e Israel
Em Paris, dois atos simultâneos demonstraram a polarização internacional. Um grupo pró-Irã pediu cessar-fogo em Gaza e diálogo com Teerã. Outro, em apoio a Israel, promoveu um festival cultural perto da Torre Eiffel.
Richard Seban, organizador do evento israelense, defendeu relações pacíficas com o povo iraniano. “Mas não com o regime de Khamenei”, afirmou.
Reflexos no Brasil e no Amazonas
O governo brasileiro se posicionou de forma cautelosa. Em nota, o Itamaraty pediu moderação às partes envolvidas e reforçou a importância do multilateralismo.
Especialistas em relações internacionais alertam que o Brasil pode ser impactado economicamente. O setor energético e o agronegócio dependem da estabilidade global para manter exportações e importações.
No Amazonas, o cenário também preocupa. A Zona Franca de Manaus é sensível a oscilações cambiais e à logística internacional. Conflitos prolongados podem afetar a cadeia de suprimentos e o custo de produção local.
Instabilidade global exige atenção nacional
O Brasil, como país não alinhado, busca manter relações comerciais com todos os envolvidos. A política externa brasileira historicamente defende soluções pacíficas e o respeito à soberania.
Analistas recomendam que estados como o Amazonas acompanhem os desdobramentos. O impacto indireto pode ser sentido em áreas como combustíveis, alimentos e tecnologia.
Enquanto o mundo se divide entre lados, cresce o apelo por negociações. A diplomacia internacional será decisiva para evitar uma escalada militar de grandes proporções.