Moradores de Manaus estão organizando manifestações contra a gestão do prefeito David Almeida (Avante). O movimento ganhou força nas redes sociais e aplicativos de mensagens, onde milhares de participantes discutem ações e estratégias.
Os protestos têm como foco a insatisfação com decisões recentes da administração municipal, como o reajuste da tarifa do transporte público. Os organizadores também cobram maior transparência na gestão e pedem a renúncia do prefeito.
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Protestos em Manaus: datas e locais confirmados
Dois atos públicos já estão agendados. O primeiro ocorrerá no dia 25 de abril, às 16h, em frente à Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa. O segundo está marcado para o 1º de maio, às 16h, na praia da Ponta Negra, zona Oeste da capital.
Segundo os organizadores, as manifestações serão pacíficas. O objetivo é pressionar as autoridades locais por mudanças na administração e maior escuta da população.
Reivindicações populares e contexto político
Entre as principais pautas estão o aumento da tarifa do transporte público e a falta de clareza em contratos e gastos da prefeitura. A população também questiona a execução de obras e serviços essenciais em bairros periféricos.
A insatisfação reflete um cenário mais amplo. Em todo o Brasil, há crescente demanda por transparência na gestão pública e participação cidadã. Segundo dados do Ipea, 68% dos brasileiros consideram a corrupção o maior problema do país.
David Almeida e a gestão municipal
David Almeida foi eleito em 2020 com 51,27% dos votos válidos. Seu mandato tem sido marcado por obras de mobilidade urbana e ações na saúde. No entanto, críticas sobre prioridades orçamentárias e comunicação com a população têm crescido.
O prefeito ainda não se pronunciou oficialmente sobre os protestos. A Câmara Municipal de Manaus acompanha os desdobramentos e poderá ser acionada por meio de pedidos formais da sociedade civil.
Mobilização digital e engajamento social
Grupos no WhatsApp e Telegram têm sido usados para organizar as ações. A mobilização digital amplia o alcance das reivindicações e conecta diferentes regiões da cidade.
Especialistas apontam que esse tipo de articulação reflete uma nova forma de participação política, descentralizada e rápida. O uso de redes sociais tem sido decisivo em movimentos recentes em diversas capitais brasileiras.