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- Professores protestam em Manaus contra reforma da previdência.
- Projeto aprovado eleva idade e tempo de contribuição.
- Categoria mantém greve e pede diálogo com David Almeida.
- A reforma da previdência afeta cerca de 35 mil servidores.
Professores da rede municipal de Manaus protestaram nesta terça-feira (18) em frente à sede da Prefeitura de Manaus, na zona oeste da capital, contra a reforma da previdência dos servidores públicos. A categoria pede que o prefeito David Almeida não sancione o Projeto de Lei Complementar nº 08/2025, aprovado na Câmara Municipal.
A proposta altera regras de aposentadoria para quem ingressou no serviço público após 31 de dezembro de 2003. O texto aumenta a idade mínima e o tempo de contribuição, afetando diretamente professores, pedagogos e demais servidores.
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Greve geral e críticas ao projeto
Durante o ato, a coordenadora administrativa do Asprom Sindical, Elma Sampaio, afirmou que a greve geral da categoria continuará por tempo indeterminado. Segundo ela, os vereadores votaram de forma alinhada com os interesses do Executivo municipal.
“A sensação é que fomos injustiçados e humilhados. Nossa luta agora é para que o projeto não seja sancionado”, disse Elma Sampaio.
Ela informou que foi renovado um pedido de audiência com o prefeito para tentar abrir diálogo e explicar os impactos da medida. “Se o prefeito sancionar, os servidores, principalmente os professores, vão morrer nas salas de aula”, declarou.
Entenda as mudanças na aposentadoria
O projeto foi aprovado na segunda-feira (17) com 28 votos favoráveis e 10 contrários. As novas regras elevam a idade mínima para aposentadoria de 60 para 65 anos no caso dos homens e de 55 para 62 anos para as mulheres.
Além disso, o tempo mínimo de contribuição passa a ser de 25 anos para ambos os sexos, com pelo menos 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo atual. Para os professores, a idade mínima será de 60 anos (homens) e 57 anos (mulheres).
Votação simbólica e reação da categoria
O PLC nº 08/2025 já havia sido aprovado em primeiro turno no dia 5 de junho, também sob protestos. Em ambas as votações, o processo foi simbólico, com vereadores levantando as mãos para indicar o voto.
Estima-se que cerca de 35 mil servidores municipais sejam impactados pela nova legislação. O projeto ainda aguarda sanção do prefeito.
Para mais informações sobre o trâmite legislativo, acesse o site da Câmara Municipal de Manaus.
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