O desempenho fiscal das estatais federais voltou ao centro do debate público. Segundo o Banco Central, o prejuízo acumulado entre janeiro e abril foi de R$ 2,73 bilhões. O valor representa o pior resultado para o período desde o início da série histórica em 2002.
O relatório de estatísticas fiscais divulgado em 30 de junho aponta queda de 62,8% em relação ao mesmo período de 2024. O dado reforça a preocupação com a política fiscal do governo federal. O mês de abril sozinho registrou déficit de R$ 1,4 bilhão, o maior da história para esse mês.
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Prejuízo das estatais impacta contas públicas
Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as estatais federais acumulam déficits consecutivos. Em 2023, o prejuízo foi de R$ 1,842 bilhão. Em 2024, R$ 1,678 bilhão. Agora, em 2025, o rombo subiu para R$ 2,73 bilhões.
O resultado negativo pressiona o Ministério da Fazenda, que busca cumprir metas fiscais. O cenário também afeta a confiança de investidores, especialmente diante da expectativa de responsabilidade com os gastos públicos.
Amazonas sente reflexos da política fiscal
Estados como o Amazonas, que dependem de repasses federais e incentivos fiscais, podem ser impactados. O desempenho das estatais influencia o orçamento da União e, por consequência, a distribuição de recursos.
O Polo Industrial de Manaus, por exemplo, depende de estabilidade fiscal para manter investimentos. A insegurança econômica pode afetar a geração de empregos e o crescimento regional.
Investidores reagem ao cenário fiscal
O prejuízo das estatais contribui para a desvalorização de ativos públicos. Empresas como Petrobras e Eletrobras são observadas de perto pelo mercado.
Especialistas alertam para a necessidade de revisão na gestão das estatais. A transparência e o controle de gastos são vistos como essenciais para recuperar a confiança dos investidores.
Governo busca alternativas para reverter perdas
O governo federal anunciou medidas de contenção de despesas. A equipe econômica avalia ajustes nos gastos e nos investimentos das estatais.
O Congresso Nacional também discute propostas para melhorar a governança das empresas públicas. A meta é evitar novos prejuízos e garantir equilíbrio fiscal.