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- Prefeito de Santa Quitéria foi cassado por envolvimento com facção.
- Comando Vermelho usou drogas e ameaças para influenciar eleições.
- Eleitores e apoiadores de opositor foram coagidos com violência.
- Nova eleição municipal será realizada em 26 de outubro.
O prefeito de Santa Quitéria, José Braga Barroso (PSB), conhecido como Braguinha, teve o mandato cassado pelo TRE do Ceará após investigações apontarem interferência do Comando Vermelho nas eleições de 2024. A facção teria fornecido drogas para compra de votos e ameaçado eleitores e apoiadores do candidato opositor, Tomás Figueiredo (MDB).
Segundo o Ministério Público Eleitoral, a organização criminosa atuou diretamente para garantir a reeleição de Braguinha, com ações coordenadas por traficantes ligados ao CV. O líder da operação no município seria Rikelme, braço-direito de Paulinho Maluco, que teria recebido autorização de Anastácio Paiva Pereira, conhecido como Doze ou Paizão, para atuar em Santa Quitéria.
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Facção usou drogas e ameaças para influenciar votos
De acordo com a denúncia, traficantes prometeram drogas em troca de votos nos três dias anteriores à eleição. Postagens nas redes sociais chegaram a ser ordenadas para atrair usuários de drogas. Além disso, eleitores foram coagidos a não votar em Tomás Figueiredo, com ameaças feitas por mensagens e pichações.
Frases como “Quem apoiar o 15 vai morrer” e “Fora Tomás. Bala no 15” foram pichadas em muros de casas de apoiadores do MDB. Em casos mais graves, houve disparos de arma de fogo contra residências.
Chapa cassada e nova eleição marcada
Braguinha foi reeleito com 11.292 votos (41,1% dos válidos), mas foi preso antes da posse. O vice-prefeito Francisco Gardel também teve o mandato cassado. A Justiça Eleitoral marcou eleições suplementares em Santa Quitéria para o dia 26 de outubro.
O município tem cerca de 41 mil habitantes e registrou 27.534 votos válidos em 2024. Tomás Figueiredo, principal adversário de Braguinha, obteve 8.106 votos (29,44%).
Defesa nega abuso de poder
A defesa de Braguinha e Gardel afirmou que irá recorrer da decisão. Segundo o advogado Fernandes Neto, “a defesa deverá recorrer da decisão, confiante na inexistência de abuso de poder por parte de José Braga Barroso e Francisco Gardel”.
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