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- O prefeito de Manaus entrou em férias em 2025 sem divulgar seu destino, o que gerou questionamentos públicos.
- Apesar do sigilo, a legislação não exige que prefeitos informem onde passam o período de descanso.
- Especialistas alertam que a falta de transparência pode afetar a imagem institucional da Prefeitura de Manaus.
- O vice-prefeito Marcos Rotta assumiu interinamente e segue com a agenda oficial durante a ausência do titular.
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), entrou em seu segundo período oficial de férias em 2025, mas mantém em sigilo o destino escolhido para o descanso. A ausência, iniciada neste mês, não foi acompanhada de informações públicas sobre o local ou a agenda do chefe do Executivo municipal.
Auxiliares próximos afirmam desconhecer o paradeiro de David. Há rumores de que ele ainda esteja na capital amazonense, mas a Prefeitura não confirma nem nega a informação.
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Férias de prefeito não têm obrigação legal de divulgação
De acordo com a legislação municipal e federal, prefeitos não são obrigados a divulgar o destino de suas férias. A única exigência é o registro oficial do afastamento e a nomeação do substituto temporário — neste caso, o vice-prefeito Marcos Rotta (sem partido), que assumiu interinamente.
A prática de manter o destino em sigilo não é inédita entre gestores públicos. No entanto, em tempos de crescente cobrança por transparência, a ausência de informações gera questionamentos sobre a comunicação institucional da Prefeitura.
Por que o sigilo chama atenção em Manaus?
Em um contexto político marcado por disputas antecipadas para 2024 e 2026, cada movimento do prefeito de Manaus ganha leitura estratégica. David Almeida é apontado como possível candidato ao Governo do Amazonas ou à reeleição, e sua visibilidade tem sido cuidadosamente gerida.
A ausência de informações sobre suas férias contrasta com a rotina de outros prefeitos de capitais, que costumam divulgar registros informais nas redes sociais ou em canais oficiais.
Transparência na gestão pública: o que dizem os especialistas?
Especialistas em direito público e governança avaliam que, embora o sigilo não infrinja a legislação, pode afetar a percepção de transparência. A Controladoria-Geral da União (CGU) recomenda que autoridades públicas adotem práticas de comunicação ativa, inclusive durante períodos de afastamento.
Segundo o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), não há irregularidade no silêncio, desde que as obrigações formais de substituição estejam cumpridas.
Férias de gestores públicos: o que prevê a legislação
Confira os principais pontos sobre férias de prefeitos no Brasil:
- Período: 30 dias por ano, conforme a Lei Orgânica Municipal.
- Substituição: Vice-prefeito assume automaticamente, sem necessidade de nova nomeação.
- Sigilo: Não há exigência legal de divulgação do destino.
- Remuneração: O prefeito segue recebendo salário integral durante o período.
Prefeitura de Manaus não comentou oficialmente
Procurada, a assessoria da Prefeitura de Manaus não respondeu se o prefeito está fora da cidade ou se há previsão de retorno antecipado. Também não informou se haverá divulgação posterior sobre o período de férias.
Enquanto isso, o vice-prefeito Marcos Rotta segue com a agenda institucional à frente da administração municipal.
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