Durante uma fiscalização de rotina no Aeroporto Internacional de Brasília, nesta terça-feira (20/5), a Polícia Federal (PF) prendeu três homens com cerca de R$ 1,2 milhão em espécie. Os suspeitos, que embarcaram em Manaus (AM), alegaram ser empresários e foram autuados por lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, os indivíduos afirmaram que atuam no setor privado no Amazonas. Disseram ainda que viajavam para Goiás para adquirir materiais para suas empresas. No entanto, apresentaram informações inconsistentes durante a abordagem.
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Empresários do Amazonas sob investigação federal
De acordo com a Polícia Federal, os detidos são sócios de empresas com atividades diversas. As investigações iniciais identificaram possíveis irregularidades nos contratos firmados com prefeituras do interior do Amazonas.
O estado tem histórico de fragilidade na fiscalização de contratos públicos. Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), o Amazonas figura entre os estados com maior número de apontamentos sobre gestão municipal.
Lavagem de dinheiro e contratos públicos
O transporte de grandes quantias em espécie levanta suspeitas de ocultação de origem ilícita. A Polícia Federal informou que ampliará as investigações para identificar outros envolvidos.
Especialistas apontam que a prática de usar empresas como fachada é comum em esquemas de desvio de recursos públicos. A Controladoria-Geral da União (CGU) já identificou casos semelhantes em auditorias recentes.
Contexto político e institucional
O caso ocorre em meio a debates sobre o controle de gastos públicos no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados discute novos mecanismos de rastreamento de recursos destinados a municípios.
No Amazonas, o Ministério Público Estadual tem intensificado ações contra a corrupção em contratos emergenciais. A prisão dos empresários pode reforçar o foco sobre a origem e o destino de verbas federais no estado.
Próximos passos da investigação
Após a prisão, os três suspeitos foram encaminhados à Justiça do Distrito Federal. A PF não descarta a possibilidade de novos mandados e bloqueios de bens.
O caso será acompanhado por órgãos de controle e pode ter desdobramentos no cenário político regional. A investigação busca mapear o fluxo financeiro das empresas envolvidas.