Polícia Federal apura sequestro ligado à mineração ilegal

Crime pode estar relacionado a disputas por território e controle de áreas de garimpo na região amazônica.

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A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (22/5), a Operação Jeremias 22:17, com foco no combate a crimes praticados por agentes públicos. A ação visa esclarecer o sequestro e a tortura de um homem em Caracaraí, interior de Roraima.

Segundo a PF, os crimes teriam sido cometidos por policiais civis do Amazonas e de Roraima. Eles buscavam informações sobre o roubo de uma carga de cassiterita, minério de alto valor comercial.

Polícia Federal cumpre mandados em cinco estados

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária. As ordens foram expedidas pela Justiça Estadual de Roraima, com apoio do Ministério Público local.

As diligências ocorrem nos estados de Roraima, Amazonas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. A investigação teve início com a Promotoria de Justiça de Caracaraí.

Grupo atuava fora da legalidade

De acordo com a PF, os policiais investigados formaram um grupo criminoso. Eles prestavam serviços de segurança clandestinos e escoltavam cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami (TIY).

Além disso, o grupo investigava roubos de carga por conta própria, sem autorização oficial. A atuação paralela à das instituições públicas compromete a integridade do sistema de segurança.

Contexto político e ambiental no Amazonas

O caso expõe a fragilidade do controle estatal na região amazônica. A TI Yanomami, alvo de extração ilegal de minérios, é foco de ações do governo federal desde 2023.

Segundo dados do Ibama, operações de combate ao garimpo ilegal cresceram 84% no último ano. O Amazonas e Roraima concentram áreas críticas de atuação ilegal.

Segurança pública e crise institucional

A atuação de agentes públicos fora da lei reforça a crise de segurança. O uso da estrutura policial para fins particulares fragiliza a confiança na Justiça e nas instituições.

O Ministério da Justiça acompanha o caso por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública. A investigação segue sob sigilo.

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