Plano para matar Lula foi criado por general de Bolsonaro

Confissão ao STF revela plano de assassinato elaborado no Planalto para impedir posse e manter Bolsonaro no poder.

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  • General Mário Fernandes confessou ao STF, em 24 de julho, ter escrito um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes.
  • O plano para matar Lula foi impresso três vezes no Palácio do Planalto, segundo a Polícia Federal.
  • A Procuradoria-Geral da República considera o plano parte da tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder.
  • O STF deve iniciar o julgamento dos envolvidos após concluir a fase de depoimentos.

O general Mário Fernandes admitiu ao STF ter elaborado um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, parte da tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder.

O general Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, confessou nesta quinta-feira (24 de julho) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi o autor de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, marcou o início da fase mais violenta da tentativa de golpe de Estado promovida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

General admite autoria de plano de assassinato

Durante o depoimento, Fernandes afirmou que o documento era uma “reflexão pessoal” e negou ter compartilhado o conteúdo com terceiros. No entanto, a Polícia Federal identificou que o texto foi impresso três vezes dentro do Palácio do Planalto.

Fernandes justificou a impressão dizendo que precisava ler o conteúdo sem forçar a visão. Ele declarou ter rasgado os papéis logo após a leitura. Mas registros mostram que, após a impressão, ele foi ao Palácio da Alvorada, onde estavam presentes Jair Bolsonaro e Mauro Cid.

Como o plano se encaixa na tentativa de golpe?

A PGR considera o plano como um dos marcos da escalada golpista que visava impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder. A estratégia previa a eliminação física de autoridades-chave para desestabilizar as instituições democráticas.

O depoimento de Fernandes integra a fase final da investigação conduzida pelo STF. Após a coleta de testemunhos, o tribunal deve iniciar o julgamento dos réus envolvidos na trama golpista.

Três pontos que agravam o caso

1. Local da impressão: O uso do Palácio do Planalto para imprimir o plano indica possível envolvimento de altos escalões.

2. Destino após a impressão: A ida ao Alvorada sugere que o conteúdo pode ter sido apresentado a Bolsonaro.

3. Contradições no depoimento: A versão de Fernandes sobre o descarte do documento é contestada por registros oficiais.

Repercussão política e institucional

O caso gerou forte reação entre autoridades e juristas. O ministro do STF Alexandre de Moraes, um dos alvos do plano, ainda não comentou oficialmente. Outros ministros classificaram o episódio como “gravíssimo”.

O andamento do processo no STF é acompanhado de perto por setores políticos e pela sociedade civil, que cobram punição exemplar aos envolvidos.

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