O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 0,5% no quarto trimestre de 2021 e encerrou o ano com crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões.
Porém, continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.
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O PIB é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país.
Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia.
Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta sexta-feira (04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Setores
O crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%).
Juntos, esses setores representam 90% do PIB do país.
Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% no ano passado.
Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%).
O transporte de passageiros também subiu bastante, principalmente no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens.
Outras atividades de serviços (7,6%) também tiveram alta no período.
“São atividades relacionadas aos serviços presenciais, parte da economia que foi a mais afetada pela pandemia, mas que voltou a se recuperar, impulsionada pela própria demanda das famílias por esse tipo de serviço”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis,
Cresceram ainda comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).
A única atividade que não cresceu foi a de eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos, que teve variação negativa de 0,1%, que indica estabilidade.
“A crise hídrica afetou negativamente o desempenho da atividade em 2021”, explicou Rebeca Palis.