Ver resumo
- PF prendeu dois suspeitos por fraude no INSS nesta sexta (12).
- Esquema desviou até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
- Antunes teria transferido R$ 9,3 milhões a aliados de servidores.
- Fraude no INSS envolvia entidades com assinaturas falsas.
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti foram presos nesta sexta-feira (12) pela Polícia Federal, suspeitos de envolvimento em um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As prisões ocorreram no Distrito Federal e em São Paulo, como parte de uma operação que apura desvios de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Segundo a PF, o grupo fraudava descontos indevidos em aposentadorias e pensões por meio de associações de fachada.
Como funcionava o esquema de fraude no INSS
De acordo com as investigações, entidades que prestam serviços a aposentados cadastravam beneficiários sem autorização, usando assinaturas falsas para descontar mensalidades diretamente dos pagamentos do INSS.
Antunes, apontado como lobista e “facilitador” do esquema, teria movimentado R$ 9,3 milhões para pessoas ligadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024. Ele foi levado à Superintendência da PF no Distrito Federal.
Empresário e advogado também são alvos
Maurício Camisotti, preso em São Paulo, seria sócio oculto de uma das entidades envolvidas e beneficiário direto das fraudes. Sua defesa afirmou que “não há qualquer motivo que justifique sua prisão”.
Agentes também cumpriram mandados na casa e no escritório do advogado Nelson Wilians, onde encontraram diversas obras de arte. Em nota, a defesa declarou que ele “tem colaborado integralmente com as autoridades”.
Mandados, apreensões e consequências
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal, expedidos pelo ministro do STF André Mendonça.
Durante a operação, a PF apreendeu carros de luxo, incluindo Ferrari, Porsche, Land Rover, Mercedes e até um carro de Fórmula 1. O caso levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em abril.
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