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- Polícia Federal indiciou cinco ex-agentes públicos no Amazonas.
- Grupo é acusado de corrupção eleitoral e organização criminosa.
- Esquema favorecia candidatura de Brena Dianná em Parintins.
- A palavra-chave “corrupção eleitoral” aparece no inquérito da PF.
A Polícia Federal concluiu nesta quarta-feira (27) o inquérito da Operação Tupinambarana Liberta, que investigou crimes eleitorais e políticos no Amazonas. Cinco ex-agentes públicos foram indiciados por organização criminosa, corrupção eleitoral e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Os indiciados são Marcos Apolo Muniz (ex-secretário de Cultura), Fabrício Rogério Cyrino Barbosa (ex-secretário de Administração), Armando Silva do Valle (ex-presidente da Cosama), tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos (ex-comandante da Rocam) e capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, da Polícia Militar. Todos foram exonerados após a deflagração da operação, em outubro de 2024.
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Esquema envolvia uso da máquina pública
Segundo a PF, o grupo utilizou a estrutura do governo estadual, com apoio de policiais militares, para favorecer a candidatura de Brena Dianná (União Brasil) à Prefeitura de Parintins. As práticas incluíam compra de votos, ameaças a eleitores com apoio de facções criminosas, obstrução da atuação da PF e monitoramento de adversários políticos.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que avaliará as medidas judiciais cabíveis. As penas podem chegar a 20 anos de prisão.
Repercussão nacional e provas em vídeo
O caso ganhou notoriedade em agosto de 2024, após reportagem do jornal A CRÍTICA revelar uma reunião gravada em Parintins. No vídeo, os investigados admitiam práticas ilícitas em eleições anteriores, como o uso de viaturas para despistar a PF e a compra de votos.
A operação contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar e mobilizou cerca de 50 agentes federais em mandados cumpridos em Manaus e Parintins.
Próximos passos e responsabilização
O Ministério Público Eleitoral pode oferecer denúncia formal com base no inquérito. O caso reforça o debate sobre o uso indevido da máquina pública e a influência de forças paralelas no processo democrático.
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