Pesquisa do DataSenado aponta crescimento da violência contra mulher

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Pesquisa divulgada pelo Instituto DataSenado aponta que a violência contra mulher cresceu 4% desde 2019.

O levantamento, feito desde 2005, serviu de subsídio para a formulação da Lei Maria da Penha.

De acordo com o estudo divulgado em 2021, para 86% das brasileiras ouvidas pelo DataSenado, a violência contra mulher aumentou no último ano.

Em 2019, edição anterior da pesquisa, esse percentual era de 82%.

O levantamento, feito em parceria com o Observatório da Mulher, do Senado Federal, revela que 68% das brasileiras conhecem uma ou mais mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar.

Dentre as mulheres entrevistadas, 27% afirmaram que já sofreram esse tipo de agressão.

A pesquisa também constatou que as vítimas passaram a identificar outros tipos de violência, além da física.

As violências psicológica, moral e patrimonial foram mais relatados do que na pesquisa de 2019.

“À exceção da violência física, todos os demais tipos de violência registram um aumento. Isso sugere uma maior consciência brasileira sobre as várias formas de violência contra mulher no país. Fazendo uma inferência possível nesse recorte de pandemia, talvez esse convívio mais intenso tenha feito com que as mulheres tenham percebido, com maior facilidade, as outras possibilidades de violência”, disse a coordenadora do Observatório da Mulher Contra a Violência, Maria Teresa Firmino.

Medo de denunciar

As entrevistadas relataram que as principais causas de não denunciarem as agressões são o medo do agressor e a dependência financeira dele.

Esses dois motivos também foram os mesmos mencionados na pesquisa de 2019. Esse ano, eles apresentaram um crescimento no porcentual.

Ainda de acordo com as entrevistadas, 54% relataram que não são respeitadas no Brasil.

Para 45% delas, a rua é o local onde o desrespeito é maior, seguido pelo ambiente familiar, apontado por 31%.

A Senadora Leila Barros (Cidadania/DF) apresentou o projeto de lei pedindo a inclusão, na Lei Maria da Penha, dos meios eletrônicos como forma de violência contra a mulher.

“A violência contra mulher ocorre em todos os espaços. Na casa, na rua, no trabalho, nas áreas de lazer. Pior do que isso. A violência contra a mulher também alcança os espaços virtuais. Uma das proposições que apresentamos caracteriza a violência eletrônica contra a mulher para ajudar a combater as formas virtuais de violência moral, sexual, patrimonial e que também se que comete no lar”

A pesquisa pode ser acessada em senado.leg.br/datasenado

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