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- Paulinho da Força nega anistia a Jair Bolsonaro.
- Projeto prevê apenas redução parcial de penas.
- Flávio Bolsonaro quer emendas para ampliar perdão.
- A palavra-chave “anistia aos atos de 8 de janeiro” está no centro do debate.
Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, afirmou neste sábado (6) que não há possibilidade de perdão a Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita em entrevista ao jornal Estadão.
Segundo o deputado, a proposta em tramitação na Câmara prevê apenas a redução parcial de penas, e não o perdão amplo, geral e irrestrito desejado por aliados do ex-presidente. “Essa história do Flávio é um sonho de verão”, disse Paulinho, referindo-se ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
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Relator impõe condições para votação
Paulinho condicionou a votação do relatório à aceitação integral do texto por parte do Partido Liberal. “Se o PL topar votar o meu relatório, está resolvido. Se quiserem fazer emenda, destaque, não tem votação”, afirmou o deputado.
Flávio Bolsonaro, que lançou sua pré-candidatura à Presidência em 2026, havia sugerido que a aprovação da anistia seria uma moeda de troca para um eventual recuo. Ele também declarou que faria emendas para ampliar o alcance do perdão.
Conflitos internos e reações no Congresso
Antes da declaração pública, Paulinho se reuniu com a bancada do PL, onde foi hostilizado por parlamentares bolsonaristas. O líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), pediu desculpas e repudiou a atitude dos colegas. “Fica aqui o meu repúdio”, disse, sendo aplaudido.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ironizou a proposta de anistia ampla: “Não tem ambiente político no Brasil. Se eles fazem isso, Lula cresce cinco pontos”.
O projeto de anistia tem gerado intensos debates no Congresso, com condenados já cumprindo pena em regime fechado e outros, como o ex-deputado Alexandre Ramagem, foragidos no exterior.
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