Ver resumo
- Jason Miller respondeu a fala de Alexandre de Moraes no STF.
- Ministro disse que a soberania brasileira é inegociável.
- Miller comparou o STF a terroristas em publicação no X.
- Julgamento envolve Bolsonaro e núcleo acusado de golpe de Estado.
Jason Miller, conselheiro próximo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu nesta terça-feira (2) a declarações feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante julgamento de réus acusados de tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Durante sessão da Primeira Turma do STF, Moraes afirmou que “a soberania é inegociável”, referindo-se às ações investigadas na Ação Penal 2.668, que envolve oito réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala gerou reação imediata de Miller, que publicou no X (antigo Twitter): “Observado. E seria sensato que @STF_oficial @Alexandre soubesse que os Estados Unidos não negociam com terroristas.”
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Julgamento do núcleo bolsonarista no STF
A Ação Penal 2.668 é conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e acusa os réus de integrarem o “núcleo crucial” de uma suposta organização criminosa. Segundo a acusação, o grupo teria atuado para subverter a ordem democrática no Brasil, especialmente após o resultado das eleições de 2022.
O julgamento ocorre em meio a reforço na segurança do STF e intensa cobertura da imprensa nacional e internacional. A fala de Moraes foi interpretada como resposta a pressões externas e internas sobre o processo.
Repercussão internacional e tensões políticas
A manifestação de Jason Miller, amplamente compartilhada por apoiadores de Bolsonaro e Trump, reacende o debate sobre a influência de figuras internacionais em questões políticas brasileiras. A fala também gerou críticas de juristas e parlamentares, que apontam possível tentativa de intimidação ao Judiciário.
Confira mais detalhes sobre o julgamento no STF.
Contexto da fala de Moraes
Durante a sessão, Moraes afirmou que “não há espaço para conivência com atos antidemocráticos”. A declaração foi feita no momento em que o ministro lia seu voto sobre a responsabilidade dos réus nos ataques de 8 de janeiro e na articulação para deslegitimar o resultado das eleições.
“A soberania nacional é inegociável. Não aceitaremos pressões internas ou externas contra a democracia brasileira.”
O julgamento deve seguir ao longo da semana e pode ser concluído ainda em setembro, conforme cronograma do STF.
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