Ocupação do Congresso pela oposição paralisa votações

Protesto tenta pressionar por anistia e impeachment de Moraes

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  • Oposição ocupa plenários da Câmara e Senado em protesto político.
  • Objetivo é pressionar por anistia e impeachment de Alexandre de Moraes.
  • Paralisação impede votação de projeto de isenção do Imposto de Renda.
  • Ocupação do Congresso pela oposição gera reação de líderes do Parlamento.

Deputados e senadores da oposição ocuparam os plenários da Câmara e do Senado na madrugada desta quarta-feira (6), em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ocupação do Congresso pela oposição impede a retomada dos trabalhos legislativos e bloqueia votações importantes, como a isenção do Imposto de Renda.

Os parlamentares, majoritariamente do Partido Liberal (PL), passaram a noite revezando-se nas mesas diretoras das duas Casas. O objetivo é pressionar pela votação de projetos como a anistia geral aos condenados por tentativa de golpe e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Congresso paralisado e reação dos presidentes

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cancelou a sessão de terça-feira (5) e convocou reunião de líderes para esta quarta. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), classificou a ocupação como “inusitada” e contrária aos princípios democráticos.

Alcolumbre afirmou que buscará o retorno à normalidade:

“Realizarei uma reunião de líderes para que o bom senso prevaleça e retornaremos à atividade legislativa regular.”

Como a oposição justifica a ocupação?

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi um dos que passaram a noite no plenário. Em rede social, afirmou que o gesto visa “colocar em pauta o que é melhor para o Brasil”. Segundo ele, a pauta defendida pela oposição poderia inclusive derrubar tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

A oposição também exige que o impeachment de Alexandre de Moraes seja pautado. O ministro é relator da ação que investiga Bolsonaro por tentativa de anular as eleições de 2022 e supostos planos para prender autoridades.

Três pontos de tensão no Congresso

  • Isenção do IR: projeto aprovado na CAE aguarda votação no plenário do Senado.
  • MP 1.294/2025: substituída por projeto que isenta quem ganha até dois salários mínimos.
  • Pressão por anistia: oposição quer votar anistia ampla aos envolvidos no 8 de janeiro.

Como o governo reage à paralisação?

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou duramente a ação. Para ele, trata-se de uma tentativa de golpe continuado:

“É chantagem para livrar Bolsonaro. Dez milhões de pessoas perdem por causa deles.”

Segundo Lindbergh, a ocupação impede a votação de temas urgentes, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

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