MP-AM investiga irregularidades na compra de carne para escolas

Compartilhe

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) instaurou um Inquérito Civil para investigar possíveis irregularidades na compra de carne bovina destinada à merenda escolar da rede municipal de Manaus.

A investigação envolve o Contrato de Aquisição nº 006/2023, firmado entre a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e a empresa VIP Comércio e Serviços de Produtos de Informática LTDA.

Suspeitas de irregularidades

O inquérito foi instaurado após indícios de irregularidades no processo licitatório e na execução do contrato. Entre as principais suspeitas levantadas pelo MP-AM, destacam-se:

  • Superfaturamento no valor da carne fornecida, com preços acima do mercado.
  • Entrega parcial do produto, com divergências entre as notas fiscais e a quantidade real distribuída às escolas.
  • Possível envolvimento de agentes públicos no esquema, facilitando fraudes no Pregão Eletrônico nº 125/2022.

Diante das suspeitas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) foi acionado para verificar auditorias e fiscalizar outros contratos da SEMED com a mesma empresa.

Ações determinadas pelo MP-AM

A promotora Sheyla Andrade dos Santos, responsável pelo caso, determinou uma série de medidas para avançar na apuração:

  1. Publicação da Portaria do Inquérito Civil no Diário Oficial do MP-AM.
  2. Solicitação de documentos ao TCE-AM, incluindo relatórios de auditoria sobre o contrato e sobre a empresa investigada.
  3. Ampliação da investigação para a empresa JK Serviços e Comércio de Gêneros Alimentícios LTDA (CNPJ: 23.502.409/0001-01), suspeita de intermediar pagamentos ilícitos.
  4. Designação do servidor Antônio Carlos Barbosa Vieira dos Santos para auxiliar nos trabalhos da investigação.

Próximos passos da investigação

O Ministério Público aguarda a resposta do TCE-AM e da SEMED para confirmar as possíveis irregularidades. Caso sejam comprovadas fraudes no contrato, os responsáveis poderão responder por:

  • Improbidade administrativa, por prejuízo ao erário público.
  • Fraude em licitação, por direcionamento e irregularidades na concorrência.
  • Peculato, caso tenha ocorrido desvio de recursos públicos.

A apuração segue em andamento, e novas diligências podem ser determinadas conforme o andamento do inquérito.

Corpatilhe:
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore