Moções de apoio a Bolsonaro serão votadas na Câmara dia 22

Comissões do PL querem aprovar manifestações de solidariedade ao ex-presidente, alegando perseguição judicial.

Compartilhe

Ver resumo
  • Duas comissões da Câmara dos Deputados votarão moções de apoio a Bolsonaro em Brasília, em 22 de julho de 2025.
  • Deputados do PL alegam que investigações contra Bolsonaro afetam a estabilidade institucional e a soberania nacional.
  • As moções ocorrem em meio a inquéritos no STF e ações da Polícia Federal sobre tentativa de golpe.
  • Oposição critica o uso político das comissões, mas moções devem ser aprovadas pela maioria bolsonarista.

Duas comissões permanentes da Câmara dos Deputados, ambas presididas por parlamentares do Partido Liberal (PL), convocaram reuniões deliberativas para a próxima terça-feira, 22 de julho de 2025. Os encontros têm como foco a votação de moções de apoio político ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a justificativa de que ele estaria sendo alvo de perseguição judicial.

As sessões ocorrerão em Brasília, com destaque para a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Ambas são lideradas por deputados alinhados ao bolsonarismo e pretendem oficializar manifestações de solidariedade ao ex-chefe do Executivo.

Comissão de Segurança Pública: foco em impactos nacionais

Convocada pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), a reunião da Comissão de Segurança tem como única pauta a votação de uma moção de apoio a Bolsonaro. O documento aponta supostos “impactos na ordem e segurança públicas nacionais” decorrentes de investigações contra o ex-presidente.

Aliados afirmam que a instabilidade jurídica envolvendo Bolsonaro estaria “afetando o equilíbrio institucional”. A moção, segundo o requerimento, visa “preservar a autoridade e a soberania nacional frente a interferências indevidas”.

Relações Exteriores também votará moções

Na mesma data, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, presidida pelo deputado Filipe Barros (PL-PR), deve analisar duas propostas de moções. Os textos ainda não foram divulgados integralmente, mas também têm como objetivo expressar apoio político ao ex-presidente.

Barros já declarou que “há uma tentativa de deslegitimar o legado de Bolsonaro por vias não democráticas”. A comissão é composta majoritariamente por parlamentares da base do PL e de partidos de oposição ao atual governo.

Contexto nacional e reflexos regionais

As moções ocorrem em meio a novos desdobramentos de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e à atuação da Polícia Federal em apurações sobre suposta tentativa de golpe. No Amazonas, parlamentares da bancada bolsonarista também se articulam para apresentar moções semelhantes nas assembleias locais.

O movimento político coincide com o calendário pré-eleitoral de 2026, em que o PL busca fortalecer sua base e manter a narrativa de que Bolsonaro é vítima de perseguição. A estratégia visa mobilizar eleitores fiéis e ampliar o discurso de polarização.

O que dizem os opositores

Deputados de partidos como PT, PSOL e Rede criticam as moções, alegando que o Congresso não deve interferir em investigações judiciais. Segundo eles, o uso de comissões permanentes para fins políticos compromete a função legislativa.

“É uma tentativa de instrumentalizar a Câmara para proteger interesses pessoais”, afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Apesar das críticas, a expectativa é de que as moções sejam aprovadas, dada a maioria bolsonarista nas comissões envolvidas.

Leia também

Bancada feminina celebra conquistas das mulheres no primeiro semestre

Corpatilhe:
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore