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- Durante acareação no STF em 24/10, general Freire Gomes relatou semelhança entre documentos golpistas discutidos por Bolsonaro e militares.
- Anderson Torres negou autoria da minuta golpista e disse desconhecer sua origem, alegando erros no conteúdo.
- O STF vê o documento golpista como peça-chave nas investigações sobre tentativa de subversão do processo eleitoral.
Durante acareação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (24), o general Freire Gomes afirmou que a minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres era semelhante à apresentada por Jair Bolsonaro em reunião com militares em dezembro de 2022.
Freire Gomes, ex-comandante do Exército, não confirmou que os textos eram idênticos. No entanto, destacou que o conteúdo era similar, segundo a ata da audiência no STF.
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Minuta golpista e reuniões militares
A ata da audiência registrou que “a minuta apresentada no dia 7 [de dezembro] teria conteúdo semelhante à encontrada na residência do réu Anderson Torres”.
O general também declarou que Torres não participou de reuniões sobre tentativa de golpe. Porém, esteve presente em encontros ministeriais que discutiram a possibilidade de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Anderson Torres nega envolvimento
Torres afirmou que não elaborou a minuta e desconhece sua origem. Segundo ele, o texto tinha erros de português e informações incorretas.
Ele também negou ter prestado qualquer assessoria jurídica ao então presidente Bolsonaro sobre o tema.
Contexto político nacional e no Amazonas
O caso das minutas golpistas é parte das investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O STF apura a responsabilidade de ex-integrantes do governo federal.
No Amazonas, a repercussão política é acompanhada de perto. Deputados estaduais e federais cobram transparência nas apurações e reafirmam o compromisso com a democracia.
Desdobramentos no STF
O inquérito das milícias digitais, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, inclui a análise das minutas golpistas. A investigação busca identificar articulações para subverter o processo eleitoral.
Documentos e depoimentos como o de Freire Gomes são considerados peças-chave. O STF já autorizou novas diligências e quebras de sigilo para aprofundar a apuração.
Repercussão no cenário político
O posicionamento de Freire Gomes reforça a tese de que havia conhecimento entre militares sobre o conteúdo da minuta. A semelhança entre os documentos pode indicar alinhamento entre setores do governo e planos antidemocráticos.
Autoridades do Amazonas, como o governador Wilson Lima, têm evitado comentários diretos. No entanto, parlamentares locais defendem punição exemplar aos envolvidos, conforme a Constituição Federal.
Próximos passos
Com novas oitivas previstas, o STF deve avançar na responsabilização de envolvidos. A expectativa é que a Procuradoria-Geral da República apresente denúncias com base nos elementos reunidos.
O caso segue sendo um dos principais focos da Corte Suprema e do debate político nacional em 2024.