Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 2024

Expectativa de inflação recua pela oitava semana seguida, refletindo cenário econômico mais favorável.

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O mercado financeiro reduziu a previsão da inflação para 2024. A estimativa do IPCA passou de 5,65% para 5,57%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (22).

O IPCA é o índice oficial que mede a inflação no país. A projeção para 2025 permanece acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual.

Inflação em queda, mas ainda acima da meta

Para 2026, a estimativa da inflação foi mantida em 4,5%. Já para 2027 e 2028, o mercado prevê 4% e 3,8%, respectivamente. Os dados mostram uma expectativa de desaceleração gradual da inflação nos próximos anos.

Em março, o IPCA subiu 0,56%, puxado pelos alimentos. Apesar disso, o índice perdeu força em relação a fevereiro, quando registrou 1,31%. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 5,48%, segundo o IBGE.

Selic deve subir até 15% ainda em 2024

Para conter a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal instrumento. Atualmente, ela está em 14,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que novos aumentos ocorrerão, mas em menor intensidade.

O mercado projeta que a Selic alcance 15% até dezembro. Para os anos seguintes, a expectativa é de queda gradual: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Impactos da taxa de juros na economia

Taxas elevadas desestimulam o consumo e encarecem o crédito. Isso ajuda a conter a inflação, mas pode frear o crescimento econômico. A Selic influencia diretamente os juros cobrados pelos bancos, mas outros fatores também pesam, como inadimplência e custos operacionais.

Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito tende a ficar mais acessível. Isso estimula a produção e o consumo, mas pode pressionar os preços, dificultando o controle inflacionário.

PIB e dólar: projeções para os próximos anos

O mercado também revisou para cima a previsão do PIB de 2024, de 1,98% para 2%. Em 2026, a expectativa subiu de 1,61% para 1,7%. Para 2027 e 2028, a projeção é de crescimento de 2% ao ano.

O dólar deve encerrar 2024 cotado a R$ 5,90. Para 2026, a previsão é de R$ 5,96. A taxa de câmbio afeta diretamente os preços de produtos importados e o custo de vida.

O cenário econômico impacta diretamente estados como o Amazonas. Com forte dependência do Polo Industrial de Manaus, variações no câmbio e na inflação influenciam a produção, o emprego e o consumo local.

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